Contagem regressiva de Schumi

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O alemão Michael Schuma­­cher anunciou ontem sua aposentadoria definitiva da Fórmula 1. Aos 43 anos, o heptacampeão mundial, dono do currículo mais vitorioso da história da categoria, fará seu 303.º GP neste fim de semana, no Japão, com um saldo de 91 vitórias, 68 poles e 155 pódios. Todos, recordes absolutos.

Na semana passada, o alemão foi preterido na equipe Mercedes em favor da chegada de Lewis Hamilton ao time, a partir de 2013. "Decidi me aposentar da F1 ao fim da temporada, ainda que consiga competir contra os melhores do mundo. Isso é algo que me dá orgulho, e é parte do motivo de nunca ter me arrependido de ter voltado", afirmou o piloto.

"Posso ficar feliz com minha performance e o fato de estar continuamente melhorando durante todos os três últimos anos. Mas, em algum momento, é hora de dizer adeus. Disse ao final de 2009 que queria ser medido por meu sucesso e é por isso que sofri tantas críticas nestes últimos três anos, o que é justificável em parte. Não há dúvida de que não atingimos nossa meta de desenvolver um carro capaz e de lutar pelo campeonato nestes três anos. Mas também ficou claro que posso ficar muito contente com meus resultados na F1."

É a segunda aposentadoria de Schumacher. A primeira foi anunciada durante a temporada 2006, quando corria pela Ferrari e disputava o título – foi vice-campeão. Em 2010, o alemão retornou à categoria e amargou três anos de insucessos com a Mercedes, obtendo um pódio – com o terceiro lugar no GP da Europa deste ano – e uma pole – no GP de Mônaco, apesar de não ter largado na ponta por ter causado um acidente com Bruno Senna na prova anterior, sendo punido com a perda de cinco posições no grid.

Anteriormente ligado a uma possível transferência para a Sauber na próxima temporada, Schumacher destacou que não gostaria de se sentir fora da disputa por vitórias. "Durante as últimas semanas e meses não tinha certeza se ainda teria a motivação e energia necessárias para continuar. E não é meu estilo fazer nada de que não esteja 100% convencido. Com minha decisão de hoje [ontem] me sinto liberado dessas dúvidas. Não é minha ambição ficar apenas pilotando, mas sim, lutar por vitórias; e o prazer de pilotar é nutrido pela competitividade".

Ele, porém, ainda não decidiu o que fará após completar as seis etapas restantes de sua carreira.