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Moussa Sow, francês naturalizado senegalês e que atua no Lille, é um dos “estrangeiros” na Copa Africana de Nações | Abdelhak Senna/ AFP
Moussa Sow, francês naturalizado senegalês e que atua no Lille, é um dos “estrangeiros” na Copa Africana de Nações| Foto: Abdelhak Senna/ AFP

Não adiantou os times europeus reclamarem: a Copa Afri­­ca­­na de Nações começará hoje, às 16h30 (de Brasília), com um dos anfitriões, a Guiné Equa­­torial, en­­frentando a Líbia, na cidade de Bata. Com o calendário da Eu­­ropa em pleno andamento, as 16 seleções africanas classificadas chamaram suas principais estrelas, que atuam no continente vi­­zinho, para a competição, também realizada no Gabão. A final está marcada para o dia 12 de fe­­vereiro, em Li­­breville, onde a se­­le­­ção brasileira jogou recentemente.

As ausências de Camarões e Nigéria – duas das mais europei­zadas seleções da África, mas que sucumbiram às Eli­­mi­­na­­tórias –, impediram que o "rombo" nos clubes europeus, bem na época em que seus campeonatos começam a se definir, fosse maior.

Sem também o Egito, principal e atual campeão com seis tí­­tulos, a competição se torna ainda mais imprevisível. Costa do Marfim, Gana, Senegal, Mar­­rocos e até os emergentes Ga­­bão, Mali e Burkina Faso têm chances de se tornar o Novo Rei da África.

Os times que mais sentirão o peso dos desfalques estão especialmente na França, tradicional reduto dos astros africanos e que cedeu um total de 59 atletas, e a Inglaterra, que nos últimos 10 anos passou a aproveitar melhor o talento vindo da África e tem muitos de seus 15 jogadores co­­mo destaques.

O futebol espanhol também cedeu 15 atletas, mas quase to­­dos jogam por Guiné Equa­­to­­rial, país-sede sem tradição e que aposta em muitos naturalizados. A única estrela atuando em solo es­­panhol é o malinês Seydou Kei­­ta, do Bar­­celona, que na constelação blaugrana apenas compõe elenco.

A Costa do Marfim, por exemplo, fará "estrago" em pelo me­­nos três dos principais times in­­gleses. Os irmãos Kolo e Yayá Tou­­­­ré, do Manchester City, o su­­perastro Didier Drog­­ba, do Chel­­sea, e Gervi­­nho, do Arsenal, são alguns dos principais nomes dos Elefantes na competição.

O Arsenal, inclusive, além do ponteiro Gervinho, ficou sem o atacante marroquino Marouane Chamakh. Criticado no time londrino, ele é uma estrela na renovada seleção do país, considerada a melhor dos últimos 10 anos. Por isso mesmo, o time inglês tratou de se reforçar por dois meses com seu ídolo Thierry Henry.

Ou­­tro desfalque importante pa­­ra os clubes ingleses é o atacan­­te Demba Ba, de Senegal, que, pe­­lo Newcastle, foi eleito o me­­lhor jogador de dezembro de 2011 da Premier League.

O futebol francês será impactado pela ausência de Moussa Sow, senegalês do Lille; do burquinense Bakary Koné, do Lyon; e dos irmãos ganeses do Olym­­pique de Marselha André e Jor­­dan Ayew.

No que pese a numerosa caravana de atletas que atuam na terra de Zinedine Zidane, muitos são coadjuvantes de suas seleções, com vários tendo nascido na Europa e decidido adotar a se­­leção da terra dos pais como pá­­tria futebolística.

Ao vivo

Guiné Equatorial x Líbia, às 16h30, na ESPN; Senegal x Zâmbia, às 19 h, na ESPN

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