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Higuaín corre para o abraço após o terceiro gol sobre a Coreia do Sul. Em dia inspirado, ele se tornou o artilheiro da Copa | Jung Yeon-Je/ AFP
Higuaín corre para o abraço após o terceiro gol sobre a Coreia do Sul. Em dia inspirado, ele se tornou o artilheiro da Copa| Foto: Jung Yeon-Je/ AFP

Repercussão

Beijos e abraços de Maradona

Agência Estado

O estilo paizão de Diego Maradona ao lidar com os jogadores argentinos ficou claro mais uma vez na partida de ontem, principalmente ao defender sua insegura defesa. "Não concordo quando apontam problemas [na zaga]. Vencemos com justiça e de forma implacável. Por tudo que estamos fazendo na concentração e nos treinos, merecíamos uma vitória como esta. Quero felicitar as minhas 23 feras", discursou. Nem mesmo o erro de Demichelis que originou o gol norte-coreano foi criticado. "Aquilo não nos afetou", minimizou o técnico.

Bem-humorado, ele brincou com um jornalista inglês que lhe perguntou sobre sua maneira de cumprimentar os jogadores. Ao final do jogo, Maradona foi até o meio do gramado para encontrar os atletas. Beijou e abraçou cada um deles. "Eu gosto de mulher", disse, ao sorrir, encarando o jornalista. "Não sou daqueles que quebram a munheca." Mais sério, completou. "Não acho que se consegue melhorar algo com multas ou castigos. Tenho um grupo sensacional e discutimos até problemas familiares".

Durante o jogo, Maradona travou muitas discussões com Jung Moo Huh, técnico da Coreia do Sul.

A cada falta coreana, Maradona esbravejava e Huh devolvia.

  • Veja a ficha técnica do jogo Argentina X Coreia do Sul

Messi fez uma boa partida e Hi­­guaín mandou para a rede. Com os camisas 10 e 9 inspirados, a Argentina goleou a Coreia do Sul por 4 a 1 ontem, no Estádio Soc­­cer City, em Johannesburgo.

O atual dono do prêmio da Fi­­fa de melhor jogador do mundo ainda não fez nenhum gol na Áfri­­ca do Sul. Mas, na segunda partida da seleção argentina, par­­ti­­cipou de todos. No primeiro, ba­­teu a falta para o gol contra do atacante sul-coreano Park Chu Young, que ha­­via voltado para ajudar a defesa. No segundo, foi mais discreto: apenas rolou a bola para o cruzamento de Maxi Rodríguez, que seria desviado por Burdisso e completado por Higuaín.

Até então a Argentina tinha mui­­tas dificuldades para entrar na defesa asiática, mas resolvia nas bolas paradas. No fim do primeiro tempo, levou um susto quando o zagueiro Demichelis errou na saída de bola e entregou a Jabulani para Lee Chung Yong arrancar rumo ao gol e diminuir para 2 a 1.

A Coreia do Sul se assanhou e partiu para cima no segundo tem­­po. Porém, o time ficou vulnerável após as substituições do técnico Huh Jung Moo – marcador de Maradona na partida de estreia da Copa de 1986, vencida pelos argentinos por 3 a 1, início da campanha do título no México.

Os hermanos aproveitaram então para contra-atacar. Tevez, que fazia boa partida, foi substituído por Kun Agüero, genro do técnico Diego Maradona. E ele entrou muito bem afinado com Messi. Após tabelinha entre eles, o jogador do Barcelona chutou na trave e a bola sobrou limpa pa­­ra Higuaín marcar. Depois, mais uma troca de passes entre os baixinhos, Agüero cruzou para o ar­­tilheiro completar de cabeça e fi­­nalizar o seu hat trick –marcar três gols no mesmo jogo.

"É um feito importante, mas temos de pensar no time, que a gen­­te continue ganhando, se­­guindo essa linha. Fizemos um bom jogo, conseguimos concretizar as chances que no jogo passado não conseguimos. Matamos o jogo", discursou o destaque da par­­tida, muito criticado pelas chances desperdiçadas na vitória magra por 1 a 0 sobre a Nigéria na estreia. Com os três gols de on­­tem, o atacante do Real Ma­­drid fo­­ge um pouco da sombra do re­­serva Diego Milito, principal responsável pelo título da Inter de Milão na Liga dos Cam­­peões da Europa.

Sobre a falta de gols, Messi man­­teve o otimismo: "Vai sair na próxima partida".

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