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Marcelo Oliveira, técnico do Paraná, diz que as mudanças mais relevantes são do meio para a frente | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Marcelo Oliveira, técnico do Paraná, diz que as mudanças mais relevantes são do meio para a frente| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
  • Técnico do Atlético, Paulo César Carpegiani prevê diminuição do número de gols
  • Ney Franco, treinador coxa-branca, aposta em melhora técnica até o fim da competição

Com quase duas rodadas disputadas – a segunda chega ao fim amanh㠖 já é possível sentenciar: nada de novidades do ponto de vista tático na Copa do Mundo na África do Sul. É esta a análise dos três técnicos da capital, Paulo César Carpegiani, do Atlético; Ney Franco, do Coritiba; e Marcelo Oliveira, do Paraná.Para o trio – que pôde observar atentamente a bola rolando no Mundial, graças ao recesso de uma semana das equipes com a paralisação das disputas nacionais –, praticamente todas as seleções têm atuado da mesma maneira, com mudanças sutis na meia-cancha. Basicamen­te, partindo de uma linha de quatro joga­dores na de­fesa."Tati­ca­mente, não estamos vendo novidade nenhuma. Acompanhando o futebol europeu nos últimos dois anos, todas as equipes fazem uma linha de quatro jogadores atrás", avalia Franco. "Ninguém joga mais com três zagueiros", assegura Carpegiani, técnico do Paraguai no Mundial de 1998, na França.

Dessa forma, as diferenças mais relevantes aparecem apenas a partir do meio de campo. "Do meio para a frente é que vemos algumas alterações, de acordo com as características dos jogadores de cada seleção, tem gente que atua com cinco atletas no meio e um atacante, outros com quatro", diz Oliveira, se re­­ferindo ao esquema tático da moda no torneio, o 4–5–1.

E, mesmo considerando esse aspecto, pouco muda. Para eles, o que tem sido decisivo mesmo é a qualidade individual. "São times muito compactados. Assim, depende muito da qualidade técnica. É desse jeito no mundo inteiro. E nem todo mundo tem um Messi no time, um jogador que desequilibra", declara o atleticano.

Não por acaso, a Argentina é o destaque até o momento para os nossos técnicos. "Gostei muito do segundo tempo deles (4 a 1, sobre a Coreia do Sul, pela segunda rodada). Um time muito rápido no meio e no ataque", comenta o comandante alviverde. A Alemanha e a Holanda também foram lembradas – como decepção, a Espanha, com a derrota por 1 a 0 para a fraca Suíça.

Quanto ao desempenho do Brasil, as opiniões são contidas, embora deixem claro que a estreia do time de Dunga, 2 a 1 sobre a inexpressiva Coreia do Norte, não agradou. "Acredito que o Brasil vai melhorar na sequência", opina Franco. "É uma seleção que tem potencial, só não pode depender apenas de Robinho e Kaká", analisa Oliveira.

O único ponto de discordância dos responsáveis por Furacão, Coxa e Tricolor está na previsão sobre as bolas na rede. Na primeira rodada, a Copa da África teve média de gols pior do que a registrada ao longo de todas as competições anteriores: em 16 partidas, 25 gols, média de 1,56. Até ontem, o número subiu muito pouco: 1,88 com mais 10 jogos.

Franco acha complicado antecipar se os atacantes vão calibrar o pé. "Posso dizer apenas que teremos uma melhora técnica". Por sua vez, Oliveira crê em mais emo­­ção. "Nas fases decisivas, as seleções mais tradicionais jogam e deixam jogar". Por fim, Carpe­­giani prevê justamente o contrário. "Penso que as partidas ficarão com marcação ainda mais forte e os gols devem escassear".

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