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Juan e Lúcio correm à frente de Elano e Robinho durante treino leve em Johannesburgo. Zagueiros se conhecem desde 2002, quando jogaram juntos  no Bayer Leverkusen, da Alemanha | Valterci Santos/Gazeta do Povo – enviado especial
Juan e Lúcio correm à frente de Elano e Robinho durante treino leve em Johannesburgo. Zagueiros se conhecem desde 2002, quando jogaram juntos no Bayer Leverkusen, da Alemanha| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo – enviado especial

Robinho exalta apoio familiar

O apoio da família na África do Sul é o que mais dá força para Robinho repetir a atuação que teve na estreia no jogo contra a Costa do Marfim, no domingo. Apesar do frio que chegou a 1°C, a mãe (Marina), a esposa (Vivian) e o filho (Robson júnior), assistiram à partida frente à Coreia do Norte.

Robinho foi o brasileiro que mais arriscou. Tentou seis vezes chutes a gol e, mesmo sem balançar a rede, foi apontado como um dos destaques. Porém, ele não saiu satisfeito.

"Não consegui marcar o gol que tinha prometido para o meu filho, mas tem mais jogos pela frente", avisa o craque das pedaladas. "Com o frio, o meu filho [de 2 anos] não pôde desfrutar do jogo direito. Mas estão todos aqui", diz o jogador.

Uma sala reservada do hotel The Fairway fica à disposição de integrantes da delegação brasileira para que familiares e amigos sejam recepcionados. Os encontros, é claro, só ocorrem com a autorização do técnico Dunga. O enclausuramento do time está longe de ser um problema, segundo Robinho.

"Estamos com o Dunga para o que der e vier. Ele preferiu esse sistema mais fechado por na última Copa ter existido muita badalação", avalia o atacante.

Apesar de titular da parte ofensiva, Robinho recuou para dar o passe em que Elano fez o segundo gol canarinho diante dos asiáticos. Depois, com a saída de Kaká, passou a ser quase um meia. Exatamente como faz no Santos com Neymar e André.

Em uma Copa do Mundo com poucos gols, ter uma defesa en­­trosada e segura já é meio caminho andado para um bom de­­sempenho. É nisso que o Brasil aposta com Lúcio e Juan.

Mesmo tomando um gol da inexpressiva Coreia do Norte na estreia (vitória da seleção brasileira por 2 a 1), a marca alcançada pela dupla defensiva na África do Sul impressiona. É a primeira vez que os mesmos dois jogadores for­­mam a zaga nacional em duas Copas seguidas.

A parceria, que começou há oito anos no Bayer Leverkusen, da Alemanha, firmou-se na seleção sob o comando de Carlos Al­­berto Parreira nas Elimi­­­natórias para o Mundial alemão, em 2006.

Há quatro anos, os defensores passaram de nível ao serem dos poucos a escapar das críticas na equipe que foi eliminada nas quartas de final pela França. Com o técnico Dunga, ambos reiteraram o status de intocáveis e jamais tiveram as posições ameaçadas.

Confiança que nem uma ou outra contusão abalou. Lúcio, capitão do time desde a primeira convocação do capitão do tetra, não participou da conquista da Copa América de 2007. Estava afastado após uma cirurgia.

No ano passado, foi a vez de Juan se ausentar em uma competição importante. O camisa 4 ficou fora da parte decisiva da Copa das Confederações, na África do Sul, em virtude de um problema muscular na coxa esquerda.

"Representa um ponto positivo o que estamos alcançando nessa Copa. Ficamos felizes, mas não é o mais importante", avalia Lúcio, sonhando com uma tem­­po­­rada perfeita após levantar o Campeonato Italiano, a Copa Itália e a Liga dos Campeões da Eu­­ropa pela Inter de Milão.

Se depender dos números que a trajetória da dupla produziu na seleção, a chance de o time ir longe em solo africano é grande. Nos 45 jogos em que estiveram juntos na zaga brasileira (recorde histórico do Brasil), foram 31 vitórias, 9 empates e apenas 5 derrotas.

Contando o gol marcado pe­­los asiáticos na terça-feira, fo­­ram 30 bolas na rede brasileira com os dois zagueiros em campo – média de 0,66 por partida. Sendo que em 25 compromissos com a presença conjunta de Juan e Lúcio, a equipe nacional não foi vazada.

"Se vencermos as próximas seis partidas, o nosso objetivo es­­tará cumprido", comenta Juan, não querendo se importar com marcas individuais na competição.

Até o momento, das seleções favoritas à conquista da taça, so­­mente os alemães passaram ilesos aos ataques adversários. Os argentinos, por exemplo, donos de um ataque badalado, já jogaram duas vezes, tomaram um gol da Coreia do Sul e mostraram instabilidade na retaguarda nas duas partidas.

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