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| Foto: Jonathan Campos

Mobilidade

Número de carros guinchados no entorno da Arena já passa de 150

Rodrigo Batista

No terceiro dia de jogo da Copa do Mundo na Arena da Baixada, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) de Curitiba removeu e multou 40 veículos por estacionamento irregular.

Os carros estavam no entorno do estádio e foram retirados entre a meia-noite e o meio-dia de ontem, conforme exigência da Fifa. Foi o menor número de carros retirados das ruas próximas à Arena na comparação com os demais dias de partidas na capital. No dia 16 de junho, data do duelo entre Irã e Nigéria, às 16 horas, foram 52 carros; na última sexta-feira, às 19 horas, 62. Um total de 154 ocorrências.

Segundo a prefeitura, todos os veículos foram guinchados e, na sequência, autuados por estacionamento irregular. Os automóveis foram levados para o pátio da Setran que fica na Avenida Senador Salgado Filho. Os motoristas terão de pagar multa de R$ 85,30 e receberão 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Além de realizarem o pagamento pela infração, os responsáveis ainda terão de pagar R$ 92,15 pela remoção do veículo e outros R$ 15 pela diária do guincho. Segundo a prefeitura, caso haja alguma pendência de pagamento do carro, como IPVA ou outros impostos e taxas, os motoristas também terão de efetuar o pagamento para retirarem o veículo do pátio da Setran.

O clima nas arquibancadas da Arena da Baixada destoou dos dois primeiros jogos da Copa em Curitiba. Enquanto australianos fizeram festa, mesmo com as três derrotas na competição, espanhóis tiveram de conviver com provocações vindas de brasileiros durante a partida.

A Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) registrou cinco ocorrências. Na mais grave, dois torcedores foram retirados do estádio após uma confusão. Em outra situação, um torcedor com a camisa do Atlético foi acusado de promover distúrbios e o Juizado do Torcedor instalado naArena lhe aplicou uma multa de R$ 600 (paga na hora). Ele também foi proibido de frequentar jogos até setembro – deve se apresentar à polícia duas horas antes de cada duelo.

Para completar, um australiano agrediu um segurança e foi obrigado a pagar uma multa de R$ 724. Nos dois casos, o dinheiro foi destinado às vítimas das enchentes no Paraná. A promotora Cristina Ruaro, responsável pela partida, disse que os problemas ocorreram devido à ingestão de bebidas alcoólicas.

Apesar do clima tenso, antes do jogo houve muita confraternização. "Achávamos até que encontraríamos festa, dança e futebol pelas ruas o tempo todo, o que não aconteceu. Mesmo assim está sendo muito bom", disse um torcedor da Socceroos, cujo país adquiriu quase 7 mil dos 39.375 ingressos vendidos para o confronto de ontem.

Já os espanhóis, minoria no estádio, deixaram de lado o abatimento pela eliminação precoce. "Nós queríamos uma final entre Brasil e Espanha, mas sabíamos que o time não estava tão bom para chegar a isso", contou Juan Lillo, 35. Ele já voltaria para seu país in­dependentemente do resultado da La Roja em campo, mas o mesmo não se pode dizer de muitos dos seus compatriotas. A Fifa já avisou que deverá colocar ingressos de desistentes à venda, entre eles de espanhóis que estão voltando para a Europa.

Esse clima harmonioso, porém, durou pouco. Logo no aquecimento das duas seleções, brasileiros passaram a vaiar os jogadores da Espanha e gritar ‘eliminado’.

Mesmo com o gol de letra de David Villa, as vaias aos espanhóis não cessaram. Ao final da partida, os apupos deram lugar a aplausos para, enfim, uma atuação convincente espanhola neste mundial. Em seguida, australianos foram ainda mais aplaudidos ao darem uma volta olímpica na Arena da Baixada.

Alheio às vaias durante o jogo, o goleiro Iker Casillas, que não entrou em campo, surpreendeu ao ir em direção às arquibancadas e atirar sua camisa e o par de chuteiras aos torcedores.

Torcida

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