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Jogo do Corinthians contra o Figueirense no Itaquerão corre risco de não ser realizado | Divulgação / Odebrecht
Jogo do Corinthians contra o Figueirense no Itaquerão corre risco de não ser realizado| Foto: Divulgação / Odebrecht

O Ministério Público do Trabalho ameaça pedir a interdição das obras do Itaquerão. Uma fiscalização realizada na manhã desta quinta-feira (15) no local constatou algumas irregularidades que podem provocar a paralisação dos trabalhos a três dias da realização do último evento-teste no estádio do Corinthians antes da entrega do estádio à Fifa.

O Timão vai enfrentar o Figueirense neste domingo (18), às 16 horas, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. No confronto o palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá em 12 de junho com o jogo entre Brasil e Croácia, será avaliado pela entidade que controla o futebol mundial.

Nesta quinta-feira, operários foram flagrados usando equipamentos de segurança de forma irregular. Segundo o Ministério Público do Trabalho, não basta o empregador oferecer os equipamentos, é preciso fiscalizar e cobrar que os funcionários os utilizem de forma correta.

"Já tínhamos feito uma visita aqui há cerca de um mês e os problemas continuam. Se for o caso, podemos interditar novamente", disse o procurador Roberto Ribeiro Ponto, do Ministério Público do Trabalho.

A preocupação do MP tem razão de ser. Três operários já morreram nas obras da Arena Corinthians, dois deles quando um guindaste caiu sobre parte da estrutura erguida em novembro do ano passado. Na ocasião, os operários Fábio Luiz Pereira, de 42 anos e Ronaldo Oliveira dos Santos, 44 anos, foram atingidos pela grua que afundou no terreno. As mortes foram instantâneas. Já Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, despencou em março deste ano das estruturas provisórias do estádio quando fazia seu serviço. Foi socorrido, deu entrada no hospital, mas não resistiu.

No último dia 11 de abril, o Itaquerão teve parte de suas obras liberadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) depois de terem sido paralisadas em 31 de março, dois dias depois da morte de Fabio Hamilton da Cruz no local, onde a morte dos outros dois operários provocou outra interdição, em novembro.

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