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Ao lado do também “rejeitado” presidente da Fifa, Joseph Blatter, Dilma entrega a Taça Fifa ao capitão alemão Philipp Lahm | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
Ao lado do também “rejeitado” presidente da Fifa, Joseph Blatter, Dilma entrega a Taça Fifa ao capitão alemão Philipp Lahm| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
  • Atletas da seleção da Alemanha passam ao lado dos torcedores para chegar ao sonhado troféu

A entrega da taça da Copa do Mundo ocorreu em meio a xingamentos direcionados à presidente Dilma Rousseff. Responsável por entregar o troféu ao capitão da Alemanha, Philipp Lahm, ela não foi poupada por parte do público brasileiro que acompanhou a final, ontem, no Maracanã.

As ofensas, com gritos de "Ei Dilma, vai tomar no...", já haviam sido proferidas contra a petista na abertura do Mundial, há um mês, em São Paulo, e também no jogo inaugural da Copa das Confederações, no ano passado, em Brasília.

O comportamento dos torcedores motivou a presidente a evitar as praças esportivas para preservar a sua imagem. O primeiro jogo e a decisão do Mundial marcaram as únicas aparições dela nas arenas ao longo da competição. A presença da política na decisão foi confirmada apenas no último dia 7, menos de uma semana antes do evento.

Ontem, Dilma buscou ao máximo ser discreta. Ela almoçou com chefes de Estado no Palácio Guanabara, no Rio, no entanto, diferentemente de autoridades como o presidente russo Vladimir Putin e a chanceler alemã Angela Merkel, a brasileira não acompanhou a cerimônia de encerramento da Copa, realizada cerca de duas horas antes do pontapé inicial da decisão.

Ela sentou na tribuna de honra apenas momentos antes de o jogo começar. Porém, a exposição após o fim do duelo entre alemães e argentinos foi inevitável. Dilma participou da cerimônia de premiação, entregando medalhas para os jogadores vice-campeões e campeões. Sempre em que apareceu no telão, foi hostilizada. No momento de entregar a taça, quando ganhou mais destaque, os xingamentos ecoaram com mais força. Depois disso, ela e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, não foram mais mostrados pelas câmeras no estádio.

A presidente se prepara para tentar a reeleição no pleito nacional em outubro. Os principais concorrentes dela são o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).

Uma das estratégias da campanha será explorar pontos favoráveis ligados ao Mundial. O torneio foi considerado bem sucedido e a petista mostrou recuperação nas pesquisas de intenção de votos. Hoje, alguns ministros estarão reunidos para fazer um balanço do "legado positivo". Os aspectos que o governo exalta são: nenhum incidente grave no campo da segurança, mais turistas do que a estimativa inicial, estádios lotados, e logística sem graves problemas durante a competição.

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