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O presidente da Fifa Joseph Blatter está entre os cartolas que tiveram a folha de pagamento aumentada em até 81% entre 2008 e 2012. | Sergio Moraes/ Reuters
O presidente da Fifa Joseph Blatter está entre os cartolas que tiveram a folha de pagamento aumentada em até 81% entre 2008 e 2012.| Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Nos anos em que o Brasil se preparou para organizar a Copa do Mundo de 2014 e enquanto o planeta sofre com grande crise financeira, a Fifa registrou um salto recorde no pagamento de salários e no número de funcionários trabalhando em Zurique. Entre 2008 e 2012, último ano com registros oficiais das contas da entidade, os salários pagos aos cartolas do futebol quase dobraram. O organismo também cresceu e aumentou o número de empregados em 30% nesse período.

A Copa no Brasil vai entrar para a história como o evento mais rentável dos mais de 100 anos da Fifa. Pela primeira vez, o Mundial vai gerar uma renda superior a US$ 4 bilhões graças a contratos com patrocinadores e à venda de direitos de televisão.

O que mais chamou a atenção de pessoas envolvidas nas negociações é que o incremento dos lucros aconteceu mesmo diante da crise mundial. Em 2008, o banco Lehman Brothers nos Estados Unidos quebrou e quase levou o mundo a uma falência. Desde então países ricos viram o desemprego explodir e ainda não se recuperam do tombo de 2008 e 2009.

Mas as contas da Fifa desafiam toda a lógica econômica. Nesta semana, o Comitê Executivo da Fifa vai receber as contas relativas à 2013 e fontes em Zurique garantem que os números são "muito positivos". Em 2008, por exemplo, os 315 funcionários da Fifa recebiam o equivalente a US$ 42 milhões em salários. Contando os gastos trabalhistas, a entidade gastou US$ 52 milhões naquele ano com seus funcionários.

Já em 2012, os números oficiais e publicados indicam que os salários chegaram a US$ 70 milhões e, somando os encargos trabalhistas, o valor total superou a marca de US$ 90 milhões. Neste período, 100 novos funcionários foram contratados, um aumento de 30% no número de empregados.

Mas os gastos com os 24 membros do Comitê Executivo da Fifa, entre eles o salário do presidente, também aumentou em uma proporção bem superior. Entre 2008 e 2012, os salários a esses cartolas tiveram uma inflação de 81%, totalizando US$ 33,5 milhões. Joseph Blatter e Jérôme Valcke não divulgam os seus ganhos na entidade.

Em dez anos, a Fifa triplicou o pagamento de salários e encargos com funcionários, passando de US$ 28 milhões em 2003 para mais de US$ 90 milhões em 2012.

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