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Thomas Müeller marca seu terceiro gol em goleada da Alemanha sobre Portugal | Reuters
Thomas Müeller marca seu terceiro gol em goleada da Alemanha sobre Portugal| Foto: Reuters

Se depender do número de gols marcados e da quantidade de viradas nos 16 jogos da primeira rodada, a Copa do Mundo no Brasil já pode ser considerada um sucesso. A média de gols é incontestável: 3,06 - foram 49 bolas na rede e apenas um empate sem gols (entre Irã e Nigéria) -- o empate entre Brasil e México não entra na conta por já fazer parte da segunda rodada.

A marca é a melhor desde o Mundial da Suécia, em 1958.

Em 2010, por exemplo, apenas 25 gols foram marcados no mesmo período. Em 2006, a marca chegou a 39. Já as viradas na Copa 2014 ocorreram em seis oportunidades - Brasil, Holanda, Costa Rica, Costa do Marfim, Suíça e Bélgica venceram após saírem atrás.

Para Paulo Roberto Falcão, o que impressiona neste começo de torneio é o ritmo dos jogos. Dos 48 gols marcados, 11 foram anotados nos 15 minutos finais das partidas. "É surpreendente essa velocidade. As equipes também estão saindo para o jogo. Com exceção da Argélia, ninguém está se defendendo", disse o meia da seleção brasileira nas Copas de 1982 e 1986.

A rodada inicial do Mundial 2014 também foi marcada por confrontos entre grandes seleções. Holanda, Alemanha e Itália bateram Espanha, Portugal e Inglaterra, respectivamente. Holandeses e alemães conseguiram ir além e golearam seus adversários, mostrando força logo na estreia.

O ex-goleiro Zetti, tetracampeão mundial em 1994, aponta a seleção alemã como a dona do melhor futebol. "A Alemanha impressionou. Teve o melhor planejamento para a Copa. Venceu e não sentiu o fato de jogar no calor de Salvador. Eles estão bem preparados", afirmou

A seleção italiana, por sua vez, venceu um dos jogos mais difíceis ao bater os ingleses por 2 a 1. O time treinado por Cesare Prandelli acertou 89% dos passes, o maior índice entre os oito campeões mundiais. O craque Pirlo, maestro do time na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, deu 108 passes, com 95% de acerto. "Foi um dos melhores da Copa até aqui. Tem muita qualidade. Não corre, mas a bola sempre passa pelo seu pé", ressaltou Zetti.

Falcão inclui mais dois jogadores na lista. "Thomas Müller também foi um dos destaques. O Messi foi bem no segundo tempo. E o Neymar, no primeiro jogo do Brasil", disse.

Já Espanha e Uruguai decepcionaram. Os atuais campeões do mundo, mesmo com mais posse de bola (57%), foram derrotados pela Holanda e precisam, obrigatoriamente, bater o Chile pela segunda rodada, nesta quarta. Os uruguaios, semifinalistas há quatro anos, têm uma dura missão: derrotar Itália e Inglaterra para chegar à segunda fase.

O público nos estádios também corresponde às expectativas. No total, 796.113 torcedores assistiram às 16 partidas da rodada inicial da fase de grupos. A média é de 49.757 espectadores, a quarta melhor da história - atrás apenas dos Mundiais de 1994 (68.991), 2006 (52.491) e 1970 (52.312).

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