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Preso em flagrante no início do ano por estelionato e falsificação de documentos, Alex, como foi identificado pela polícia de Piatã (BA), conseguiu na Justiça, há seis meses, o direito de responder ao crime em liberdade. O responsável pelo pedido de soltura, o advogado José Rosa Matos, que já foi vizinho da família do acusado, recebeu apenas parte do pagamento dos honorários pelo serviço, mas não cobrou o restante.

No último sábado, Alex ligou para o advogado pedindo uma carona. Ele alegava que precisava ir a uma fazenda na região, onde receberia um pagamento - e disse que aproveitaria para quitar a dívida. Matos atendeu o pedido. Segundo o relato do delegado de Piatã, Marcelo Matos Aguiar, o advogado contou que ele e o cliente foram conversando, até que Alex, empunhando uma chave de fenda, anunciou o assalto e levou sua picape, deixando-o a pé na BA-148, na zona rural de Piatã. O criminoso foi preso dois dias depois, ainda com a picape, em Wenceslau Guimarães.

O caso repercutiu na Bahia nesta sexta-feira, quando Matos foi resgatar o carro roubado na delegacia. "Chama a atenção porque o advogado estava fazendo um favor a um cliente e acabou assaltado por ele", justificou o delegado. Nas redes sociais, manifestações de solidariedade ao advogado foram ofuscadas por críticas sobre sua atuação e a sua proximidade com o cliente. "Havia uma espécie de amizade entre eles", confirmou Aguiar. Alex está detido na cidade onde mora e, segundo o delegado, deve ser transferido para um presídio nos próximos dias.

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