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| Foto: Osvalter Urbinati/Infografia/Gazeta do Povo

A última vez que Brasil e Bélgica se enfrentaram, na campanha da Copa de 2002, é marcante para um pentacampeão em especial: o paranaense Kleberson. Talismã da seleção brasileira naquele Mundial, foi justamente contra os belgas que o ex-volante do Atlético-PR ganhou a titularidade no time de Felipão e apareceu para o mundo do futebol.Nesta sexta-feira (6), às 15h, na Arena Kazan, as seleções voltam a escrever mais um capítulo na história, desta vez pelas quartas de final da Copa do Mundo 2018.

Kleberson entrou em campo aos 36 minutos do segundo tempo e ficou pouco mais de dez minutos em campo. Tempo suficiente para realizar todos os sonhos. Substituiu Ronaldinho Gaúcho, deu passe para o gol de Ronaldo (na vitória por 2 a 0) e ganhou a posição de titular a três jogos do penta.

Kleberson entra no lugar de Ronaldinho Gaúcho, depois arranca pela direita e dá assistência para Ronaldo fechar o placar: 2 x 0 Brasil contra a Bélgica nas oitavas da Copa do Mundo 2002. Edson Silva/Gazeta do Povo

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Relembre Brasil x Bélgica de 2002, em texto narrado por Kleberson

“Não tem como não lembrar este momento. Foi o jogo das oitavas de final e eu tava na reserva. Estava difícil. Não foi nada tranquilo. Criamos várias oportunidades, mas a bola não entrava. Me lembro aquele voleio do Rivaldo que não entrou. O atacante deles também quase marcou e eles tiveram um gol anulado.

Depois que o Rivaldo abriu o placar, a gente estava sofrendo muita pressão. Foi quando o professor Felipão me chamou para entrar. Foi uma mudança tática que mudou a história do jogo.

O Juninho [Paulista] tinha a característica de jogar pelo meio e o Cafu não estava conseguindo atacar pela direita. Ele estava sozinho lá. A gente sabia que os belgas vinham com tudo por dentro e deixavam os lados abertos. Foi quando eu entrei no segundo tempo no lugar do Ronaldinho Gaúcho.

Então eles vieram para o ataque. Eu e o Cafu recuperamos a bola um pouco atrás do meio de campo. E eu vi um espaço aberto, aquele corredor. Pensei, vou usar minha velocidade.  De canto, olhei o Ronaldo no meu lado esquerdo entre dois zagueiros e pensei: eu vou para cima, tentar ganhar profundidade, chegar o mais rápido no campo do adversário para fazer o passe.

Eu lembro que eu só dei três ou quatro toques na bola.Só que o zagueiro deles não veio na minha direção. Ele correu em linha reta. Foi quando levantei a cabeça e vi um espaço na marca do pênalti, entre o goleiro e o defensor. Eu pensei: vou cruzar rasteiro que o Ronaldo vai fazer. O passe saiu na medida e o Ronaldo só completou.

Eu tinha dado uma assistência para um dos melhores jogadores do mundo. Depois do gol, o Ronaldo saiu correndo e estava apontando para mim. Como quem diz: o gol é teu. Eu fui para o exame do doping depois do jogo sem nem acreditar. Estava eufórico, não acreditava. É uma sensação indescritível. Foi um dia muito marcante.

Foi melhor deste jeito do que ter começado como titular. Foi ali que eu virei titular na Copa e depois joguei contra Inglaterra, Turquia e a final diante da Alemanha. Foi um jogo que marcou a minha vida. Espero que a história se repita agora”.

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