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Gianni Infantino (à dir), presidente da Fifa, entrega o diploma de sede para os países norte americanos. | KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP
Gianni Infantino (à dir), presidente da Fifa, entrega o diploma de sede para os países norte americanos.| Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP

A Copa de 2026 será em três países: Estados Unidos, Canadá e México serão as sedes do torneio depois do Catar, em 2022. Essa foi a decisão das 203 associações de futebol que votaram nesta quarta-feira, no 68º Congresso da Fifa, em Moscou, capital da Rússia. A candidatura tripla, com o apoio do presidente norte-americano Donald Trump, confirmou o favoritismo e bateu os africanos de Marrocos na disputa.

Num processo que envolveu até chefes de estado, a Fifa definiu a América do Norte como sede da Copa do Mundo de 2026. Esta é a primeira vez que o evento será disputado em um continente, e não apenas num país. O Mundial ainda volta para o mercado norte-americano, mais de três décadas depois da primeira Copa, em 1994.

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A América do Norte ficou com 134 votos, contra apenas 65 para o Marrocos. Assim, será também a primeira vez que um Mundial será disputado em três países ao mesmo tempo. Antes, o evento só havia sido dividido em dois países, no Japão e na Coreia do Sul, em 2002, quando o Brasil faturou o pentacampeonato.

A votação ocorreu nesta manhã desta quarta-feira (13), em Moscou, durante o Congresso Anual da Fifa. Os norte-americanos usaram uma cartada que agradou a muitos na Fifa: a promessa de uma receita recorde de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões), quase três vezes o que se obteve no Brasil em 2014.

A votação ainda cumpriu um plano do presidente da Fifa, Gianni Infantino, que precisava levar o Mundial para os EUA, país que o apoiou para assumir o comando da entidade em 2016. Numa tacada só, ele retribuiu sua eleição, compensou os americanos pela derrota na disputa pela Copa de 2022 e ainda criou um compromisso do governo dos EUA de não atacar sua entidade.

Pelos planos da América do Norte, um total de 17 cidades se candidataram para receber os jogos, sendo que 80% da Copa ocorrerá nos EUA, enquanto México e Canadá ficarão cada um deles com 10% das partidas. A Copa deverá ser a primeira com 48 seleções, o que exigirá 80 partidas, dezenas de campos de treinamento e uma infraestrutura perfeita. Na avaliação técnica da Fifa, a candidatura norte-americana era bem superior à marroquina.

Marrocos, em sua última apresentação diante dos eleitores, tentou insistir no aspecto emocional, alertando que a decisão não pode ser apenas financeira. Um dos ministros marroquinos também acompanhou a delegação, dando garantias financeiras. Mas ele também apontou que as armas estão proibidas no país, num ataque aos americanos. Outra arma usada: a acusação diante dos eleitores de que um garoto americano não saberia quem seria Maradona.

Trump decisivo para levar Copa aos EUA

A realidade é que a última noite foi permeada por barganhas e tensão. Na véspera do voto, Holanda e Luxemburgo mudaram de lado e anunciaram seu apoio ao marroquinos. Nos bastidores, o ex-presidente da Uefa, Michel Platini, estava na campanha. O governo da França, depois de receber promessas de que ganharia contratos em obras no Marrocos para os novos estádios, passou a ser o principal cabo eleitoral.

Mas as capitais e governos também entraram na disputa. Os cartolas americanos solicitaram que Donald Trump usasse o encontro histórico com a Coreia do Norte para pedir apoio do país asiático à sua candidatura.

Horas antes da votação, o presidente Vladimir Putin informou ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, de que apoiaria os americanos, levando consigo seus aliados.

Trump também acionou o Conselho Nacional de Segurança para fazer pressão entre os aliados, enquanto seu genro, Jared Kushner, convenceu os sauditas a não apoiar o país muçulmano e se aliar aos americanos. Funcionou.

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