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O belga Fellaini (esq) e o francês Varane (dir): atletas reforcam legião estrangeira da Copa do Mundo 2018 | /
O belga Fellaini (esq) e o francês Varane (dir): atletas reforcam legião estrangeira da Copa do Mundo 2018| Foto: /

A semifinal entre França e Bélgica, nesta terça-feira (10), às 21 horas, opõe duas seleções de jogadores que poderiam estar defendendo outros times na Copa do Mundo. Dos 46 convocados pelos dois técnicos, 30 jogadores são descendentes de pais de nações diferentes ou nasceram fora dos territórios francês e belga.

A legião estrangeira representa 65% dos chamados para o torneio. Entre os franceses, são 19 atletas, sendo quatro nascidos fora (Varane, Lemar, Umtiti e Mandanda) e 15 com origens diversas selecionados pelo técnico Didier Deschamps. Já entre os belgas, 11 dos 23 escolhidos por Roberto Martinez têm pais imigrantes.

A diversidade é resultado de dois fenômenos. Primeiro, porque França, especialmente, e Bélgica, foram nações colonizadoras – estenderam poder e domínio na Argélia, Congo, Marrocos, Camarões, Mali, Senegal, Costa do Marfim, Tunísia etc. E, posteriormente, receberam imigrantes de todos esses países.

Há, entretanto, outro movimento que está ampliando a participação de atletas “importados” nas seleções. Como se fossem clubes, as federações nacionais passaram a monitorar jovens promessas que, eventualmente, tenham condições de integrar suas equipes já nas categorias amadoras. É o caso de França e Bélgica.

Um dos destaques dos Diabos Vermelhos, o atacante belga Romelo Lukaku (foto) é filho de congoleses – ou seja, poderia jogar pelo país africano, ex-Zaire. No entanto, desde os 15 anos foi cooptado pela seleção do lugar onde nasceu. Já fez quatro gols no Mundial da Rússia e é o maior artilheiro da seleção, com 40 anotados.

Romelu Lukaku, atacante da Bélgica

Do outro lado da semifinal está Kilyan Mbappé (foto), 19 anos, uma das grandes promessas do futebol francês, atacante do Paris Saint-Germain capaz de rivalizar com Neymar pelo trono de melhor do mundo no futuro. Natural de Bondy, na França, o veloz jogador é filho de mãe argelina e pai camaronês.

Em alta na semifinal do evento esportivo mais importante do planeta, os jogadores importados também despertam críticas e sofrem preconceito. E reclamam de falta de reconhecimento: “Quando vou bem, sou belga. Quando vou mal, sou belga filho de congoleses”, comentou Lukaku, em depoimento ao site Player’s Tribune.

Há por fim, críticas por uma suposta falta de “identificação” dos atletas com a seleção que adotaram, ou foram adotados. Situação que foi apontada como problema da França em 2010, na África do Sul. A então vice-campeã mundial não passou da primeira fase e, à época, a quantidade de jogadores estrangeiros foi tema central.

França

Nascidos em outros países: Varane (Martinica), Lemar (Guadalupe), Umtiti (Camarões) e Mandanda (Congo).

Pais de outros países: Matuidi (Camarões), Fékir (Camarões), Mbappé (Camarões e Argélia), Kimpembe (Congo), N’Zonzi (Congo), Hernández (Espanha), Aréola (Filipinas), Pogba (Guiné), Rami (Marrocos), Dembélé (Mali), Kanté (Mali), Sidibé (Mali), Griezmann (Portugal), Mendy (Senegal) e Tolisso (Togo).

Bélgica

Pais de outros países: Lukaku (Congo), Januzaj (Sérvia e Kosovo), Kompany (Congo), Tielemans (Congo), Witsel (Congo), Batshuayi (Congo), Boiyata (Congo) Dembélé (Mali), Fellaini (Marrocos), Chadli (Marrocos) e Carrasco (Martinica e Portugal).

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