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O Coritiba treina no Couto Pereira, palco  do jogo de hoje contra o Corinthians-PR e alvo de uma disputa judicial entre o clube e a Federação Paranaense de Futebol, que terá mais um capítulo esta tarde | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
O Coritiba treina no Couto Pereira, palco do jogo de hoje contra o Corinthians-PR e alvo de uma disputa judicial entre o clube e a Federação Paranaense de Futebol, que terá mais um capítulo esta tarde| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Davi minimiza invencibilidade do Alviverde no Estadual

Planejar a curto prazo. Esquecer recordes e estatísticas. Esses mandamentos fazem parte do cotidiano do Coritiba, que pode chegar hoje a 35 jogos de invencibilidade no Estadual, caso não seja superado pelo Corinthians-PR dentro do Couto Pereira. Segundo o meia Davi, uma possível continuidade dessa marca se deve ao lema "concentração total no próximo jogo". E isso, hoje, significa não tirar o Timãozinho da cabeça.

"Na verdade nós não falamos muito sobre isso [invencibilidade], até mesmo porque pensamos jogo a jogo", disse. "Independentemente de há quanto tempo está sem perder, nós vamos buscar a vitória sem­­pre que pudermos", garante.

Companheiro de Rafinha e Lin­­coln na armação da equipe em Toledo, na estreia, o meia admite que precisa melhorar. Espera resolver isso ganhando ritmo de jogo. "Estou um pouco aquém fisicamente. A qualidade técnica com certeza vai melhorando com o tempo. Para o primeiro jogo não fiquei insatisfeito. Gostei, até mesmo porque suportei um bom tempo da partida", diz, ciente de que o adversário de hoje, que venceu por 4 a 1 o Rio Branco, será difícil. (RM)

Entrosamento

O técnico Marcelo Oliveira manterá hoje o time que venceu o Toledo na estreia, por 2 a 0. Tcheco chegou a treinar no lugar de Junior Urso como segundo volante, mas deve continuar no banco de reservas. "Vamos criar variantes de jogo, mas precisamos ter uma base para que haja um entrosamento maior", disse Oliveira, que cobrou melhor desempenho dos volantes e laterais para melhorar a saída de bola.

O Couto Pereira irá monopolizar as atenções na abertura da segunda rodada do Campeonato Para­­naense. Praticamente imbatível dentro de casa, o Coritiba coloca a força de seu estádio à prova contra o Corinthians-PR, às 19h30. O jogo, porém, será apenas o segundo ato do protagonismo da praça esportiva alviverde nesta quarta-feira. Meia hora antes de o atual bicampeão estadual entrar em campo, o próprio Alto da Glória é quem estará em disputa no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR). A promessa é de, na esfera da Justiça local, se chegar a uma definição sobre a tentativa da Federação Para­­naense de Futebol (FPF) de forçar o empréstimo do lar coxa-branca ao Atlético.

Dentro do gramado, o Couto Pereira vem sendo decisivo para o Coritiba desde o ano passado, quando Marcelo Oliveira assumiu o comando do time. No Esta­­dual, a equipe não perdeu nem um ponto sequer nos seus domínios, atingindo invejáveis 100% de aproveitamento. Mesmo no Brasileiro, contra oponentes mais fortes, o retrospecto foi animador: 75,43% dos pontos conquistados. Número que contrasta com os modestos 24,56% ga­­nhos como visitante.

A matemática perfeita no Estadual 2011, entretanto, é en­­ca­­rada por Marcelo Oliveira co­­mo um desafio, e não como uma vantagem. "Eu sempre falo para os jogadores que nós não podemos chegar com um cartão com o aproveitamento do ano passado e apresentar para o Co­­rinthians-PR porque eles não vão aceitar", ironiza. "Nós pretendemos repetir [o desempenho] dentro do Couto Pereira até pela aliança que temos com a torcida, o que é muito importante e acaba empurrando o time", completa.

Mas para que esse rendimento ocorra no Alto da Glória, os dirigentes do Coritiba defendem que o rival Atlético não poderia utilizar o campo para mandar seus jogos, pois prejudicaria o gramado. Em 2011, contando o Nacio­­nal, o Pa­­ra­­naense e a Copa do Brasil, o Co­­xa disputou 36 jogos no seu estádio. "Gostaria que só nós jo­­gás­­semos [no Couto] porque o gramado já não está tão bom e iria desgastá-lo ainda mais", opina Oli­­veira, destacando que a de­­cisão cabe à diretoria. "O Coritiba tem um time de bom toque de bo­­la e ter jogos no Couto Pereira repetidamente poderia nos prejudicar na sequência", completa.

Os jogadores alviverdes se­­guem a mesma linha. "Que eu saiba o Couto é do Coritiba. En­­tão, fazer o quê? Se é do Coritiba, é do Coritiba", resume o volante Davi, ressaltando que os atletas não interferem nessa decisão, mas deixando claro o posicionamento do elenco. "É claro que é melhor que eles não joguem aqui. Deixa com a direção que ela sabe o que faz", concorda o lateral-direito Jackson.

Independentemente do re­­sultado do julgamento hoje, o as­­sunto ainda deve render, já que os dois lados podem recorrer ao STJD. Com isso, a tendência é que o jogo desta noite novamente seja marcado por protestos da torcida, como já ocorreu em Toledo, quando uma faixa criticava a FPF e o Atlético. En­­quanto isso, a bola rola.

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