Com o contrato com a fornecedora alemã Adidas terminando em dezembro deste ano, o Coritiba estuda lançar uma marca própria de material esportivo a partir de 2019, para abastecer o próprio clube. Oficialmente, o Coxa não comenta a possibilidade, em respeito ao contrato em vigência com a Adidas.
No entanto, o estudo está sendo conduzido no Alto da Glória. Caso saia do papel, o projeto faria com que o Coritiba seguisse os passos de Paysandu e Fortaleza, pioneiros desse tipo de operação no país.
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Diretor da Lobo, marca própria de materiais esportivos lançada pelo Paysandu em 2016, Emmanuel Athayde, garante que o fato de a torcida do Papão ter abraçado a causa é uma das principais razões do sucesso da operação.
“A marca se consolidou muito rápido e vem crescendo. Hoje, já temos quatro pontos de venda próprios, estamos estruturando um processo de franquia, mapeando outras cidades que podem suportar novas lojas”, assegura. “Então, não apenas consolidou, como trouxe sustentação ao clube”, reforça.
Segundo Athayde, o Paysandu saía em desvantagem nos contratos firmados com grandes fornecedores, que privilegiavam os clubes dos grandes centros em seus acordos. “Normalmente eram contratos menos vantajosos, com royalties menores e sem poder ingerir na definição de layouts e produtos”, esclarece.
Para lançar a operação, o Papão desembolsou em torno de R$ 60 mil em mídia, divulgação e publicidade, além de R$ 150 mil para a construção de uma loja dentro do próprio clube. “A fábrica veio financiando o clube e apostando na ideia. É muito dinheiro, mas essa estruturação fez a diferença para o Paysandu”, complementa.
Os resultados financeiros, por sua vez, têm sido favoráveis ao clube. “Alcançamos resultados hoje acima do padrão da indústria, em torno de 22% de lucro, além de controlarmos contratos de royalties, definir preço da venda e gerar emprego e receita”, completa Athayde.
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