Diretor do Coritiba defende projeto que põe fim aos ‘aventureiros’ no futebol

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O diretor de futebol do Coritiba, Paulo Pelaipe, está em campanha pelo projeto que tramita no Congresso Nacional para regulamentar o cargo de gestores executivos de futebol nos clubes brasileiros.

O requerimento do deputado Alex Manente (PPS-SP) está em andamento desde o ano passado e é encabeçado pela Associação Brasileira de Executivos de Futebol (Abex).

“Um executivo coordena comissão técnica, auxiliares, preparadores, o setor de análise de desempenho, o núcleo da saúde com fisiologistas, nutricionistas e psicólogos. Além das logísticas de viagem e integração das categorias de base com o time profissional. Para fazer isso tem que ter formação”, cobra Pelaipe.

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O pedido da Abex visa organizar e acabar com o amadorismo na cartolagem nacional. Entre as solicitações do projeto está uma licença obrigatória para a profissão, que facilitará a fiscalização de diretores em casos de corrupção e irresponsabilidade fiscal.

“Muitos clubes contratam executivos que não são filiados a Abex e que são ex-treinadores ou ex-jogadores, sem experiência de gestão. Não somos contra estes profissionais, mas precisa ter curso para atuar. Quando você escolhe um treinador, ele tem que ter curso e formação. Assim como em qualquer profissão. O mesmo nós queremos para o cargo de diretor”, questiona o dirigente conxa-branca.

Futuro no Coritiba

Pelaipe tem contrato com o Coritiba até dezembro, mas com possibilidade renovação. Graduado em administração, o gaúcho de 67 anos é identificado com o Grêmio. Entre idas e vindas trabalhou no Tricolor de Porto Alegre por 23 anos. Ele também foi diretor do Flamengo, Vasco, Criciúma e Fortaleza. O dirigente evita fazer planos para o futuro e garante que ainda acredita no acesso do clube na Série B.

“Cheguei com apenas 10 dias para contratar e o mercado já estava muito fechado. Mas acredito sim [no acesso]. Temos dois jogos fundamentais em casa”, projeta. Questionado se gostaria de permanecer no Coxa em 2019, Pelaipe diz que esse é o seu desejo e reforça dizendo que está comprometido com o projeto do presidente Samir Namur.

“É o sonho de qualquer executivo poder planejar uma temporada, formar um grupo bom desde janeiro dentro da minha filosofia. No mínimo 40% de jogadores da base no plantel mesclados com atletas de qualidade. Não adianta trazer jogador mais ou menos. E trabalhar dentro do orçamento. Não vou gastar mais dinheiro do que o clube tem”, afirma.

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