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Samir Namur, presidente do Coritiba. | André Rodrigues/Gazeta do Povo
Samir Namur, presidente do Coritiba.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Um grupo de conselheiros do Coritiba pretende encaminhar ao presidente do Conselho Deliberativo do clube um pedido para a realização de uma assembleia geral extraordinária, com o intuito de derrubar o presidente Samir Namur. O grupo ainda precisa angariar o número suficiente de assinaturas para protocolar o pedido.

Ao todo, 75 conselheiros já assinaram o pedido. São necessárias 80 assinaturas. Os articuladores prometem juntar as assinaturas que faltam ainda nesta terça-feira, para que o pedido seja protocolado na quarta-feira (14).

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O objetivo do documento é pedir a destituição do mandatário Samir Namur. Nomes como Alceni Guerra, Tito Zeglin, Elias Feder, Omar Akel e Reinhold Stephanes Junior estão entre os signatários do documento.

Caso isso ocorra, os quatro demais membros do Conselho Administrativo, o chamado G5, deve renunciar em solidariedade. Pelo estatuto, o vice Paulo Baggio seria o primeiro na linha sucessória. Em caso de vacância completa, com saída de todo G5, pode ocorrer inclusive nova eleição.

“Tenho conhecimento que está circulando a lista para a coleta de assinaturas. Mas não sei exatamente quantas faltam. Por isso, ainda não posso falar nada à respeito, pois não foi protocolada no Deliberativo”, explica o presidente do Deliberativo, Marcelo Licheski.

Os conselheiros alegam que o artigo 43 do estatuto alviverde aponta que a assembleia é soberana e, dessa maneira, representa a instância adequada para a tentativa de afastamento da direção do clube, já que não há uma prerrogativa para processo de impeachment.

Em entrevista na tarde desta segunda-feira (12), Samir Namur declarou que não há a menor hipótese de renunciar ao cargo para o qual foi eleito ao final de 2017. “Em nenhum momento manifestações me pressionam a sequer cogitar qualquer tipo de renúncia”, comentou.

Bastidores

Um dos conselheiros que assinou o pedido de assembleia geral extraordinária, Alceni Guerra conta que o movimento foi liderado por Julio Jacob Junior, ex-presidente do Conselho Consultivo.

“Eu assinei. Convocar uma assembleia em um momento de crise é salutar. Não tem um motivo para indicar qualquer irregularidade, é uma tentativa de discutir. Mas não se pode subestimar a força do Samir, ele tem muita força hoje”, conta Guerra.

Segundo o ex-cartola e conselheiro, o orçamento apresentado por Namur para 2019 assustou parte dos conselheiros.

“Propuseram orçamento de R$ 45 milhões para o ano que vem. É 25% do que o Atlético terá, um orçamento talvez 10% do que Corinthians, Palmeiras e Flamengo terão. Nos afastamos definitivamente dos grandes clubes”, prossegue Guerra.

Justiça Comum e “Novo Vasco”

Segundo Guerra, Namur reagiu à tentativa de convocação da assembleia geral extraordinária. “O Samir disse que, se a assembleia resolver tirá-lo, ele vai para a Justiça Comum e transformar o Coritiba em um novo Vasco. Porque no Vasco cada dia tem um presidente e é uma guerra”, relata.

A reportagem buscou contato com Namur para comentar as declarações de Guerra. Via assessoria de imprensa, o presidente deixou em aberto a possibilidade de buscar a Justiça Comum, mas negou que tenha citado o Vasco como exemplo de futuro do Coxa.

“O presidente nem poderia se manifestar ainda sobre o pedido de assembleia pois ele não foi protocolado. Na medida em que este pedido for protocolado, comentará”, explica Namur, via assessoria.

Assista à entrevista de Samir Namur, presidente do Coritiba

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