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Presidente do Coritiba, Samir Namur. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Presidente do Coritiba, Samir Namur.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O presidente do Coritiba, Samir Namur, respondeu aos questionamentos dos torcedores em um vídeo exclusivo à TV Coxa. Chamou a atenção a sinceridade das perguntas dos coxas-brancas e a forma como elas foram repassadas “sem filtros” ao mandatário.

Namur traçou um raio-X do planejamento de futebol do Coritiba para a sequência de 2018. Um dos principais pontos destacados pelo presidente foi o objetivo de retornar à Série A. Os torcedores também criticaram muito e indagaram o cartola sobre o diretor de futebol, Augusto de Oliveira, e o técnico Sandro Forner.

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O presidente admitiu que a fase de testes acabou e que, de agora em diante, todo o departamento de futebol será cobrado exclusivamente por resultados. Caso eles não venham da forma esperada, as mudanças necessárias serão efetuadas, garantiu Namur.

“A diretoria não vai colocar em risco o sucesso do time na Série B e o acesso à Série A. E, se os resultados não vierem, as mudanças serão feitas”, enfatizou.

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P: Muitas das perguntas dos torcedores foram sobre o planejamento do futebol e continuidade de Sandro Forner no comando do time. O que você pode dizer sobre isso?

“A diretoria conversa todos os dias com o departamento de futebol. O objetivo, principalmente no Paranaense, era planejar e observar a utilização dos atletas da base e dos atletas que já estavam no clube. Este objetivo foi cumprido.

Agora, nosso torcedor pode ficar tranquilo que o período de observação acabou. A partir da primeira rodada da Série B estamos dentro de um período de resultados. A cobrança, principalmente porque já trouxemos os reforços pedidos e que supririam as carências, é por resultados”.

P: Saiu na imprensa que o Abner tem contrato somente até junho. Qual o motivo do contrato não ser até o fim do ano? E se o jogador se destaca, o Coritiba fica desprotegido?

Os direitos econômicos do Abner são do PSTC, que emprestou o Abner para o Real Madrid e esse vínculo de empréstimo com o PSTC acaba em junho. O contrato que o Coritiba fez agora é um sub-empréstimo do Real para o Coritiba, que obrigatoriamente tem que acabar na mesma data que acaba o do PSTC com o Real.

O Real tem a opção de compra, mas é claro que o Coritiba tem o interesse de que ele fique até o final do ano. Então, o Coritiba, em um contrato particular com o PSTC, combinou e o PSTC se obrigou a mantê-lo aqui até o final do ano. Caso o PSTC descumpra, existe uma multa de 500 mil euros que cabe ao PSTC pagar ao Coritiba.

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P: Nota-se que o diretor Augusto de Oliveira teve 100% de fracasso na primeira leva de contratações. Todos são reservas e mostraram incapacidade. Também foi dito que, sem recursos, as contratações seriam pontuais. Vocês estão satisfeitos com essa incompetência demonstrada?

O Augusto, profissional escolhido, se enquadra exatamente naquilo que pretendíamos. Um profissional com experiência no mercado, na parte de observação e avaliação, conhecia bem o Coritiba, já trabalhava há vários anos aqui, coordenando a base. É um profissional pretendido pelo mercado.

Já teve oferta para trabalhar na base da CBF foi procurado pelo Liverpool-ING para ser observador no Brasil, recebeu este ano uma proposta do Vasco, então é um profissional que tem todas as credenciais para exercer este posto no Coritiba. As cobranças são feitas o tempo inteiro pela diretoria.

P: Como será a estratégia de contratações para a Série B? Contratar todos os reforços antes da disputa ou deixar margem para correções em seu decorrer?

Já contratamos vários atletas. Nesta semana, anunciamos mais um, pretendíamos anunciar outro, mas não se concretizou. Imaginamos trazer para o início da Série B um time pronto, um elenco em condições de disputar a Série B inteira dentro do G4, mas é claro que isso pode não acontecer, que isso não se concretize.

Então, se necessário, nós faremos mudanças, porque em nenhum momento imaginamos que se pode colocar em risco o nosso objetivo do ano que é o acesso à Série A. Se ao longo da Série B precisarmos trazer jogadores, certamente vamos em busca de trazer.

P: Quem dentro do clube define o estilo de jogo do time? Pergunto isso porque vejo que a postura do time neste ano não condiz com as tradições de um clube grande e vencedor.

No Coritiba hoje existe uma padronização tática muito bem definida nas categorias de base. É claro que é um objetivo, mas talvez seja até uma utopia, no profissional, diante de toda demanda da própria torcida que a gente mude o técnico. É muito difícil que a padronização da base se transfira para o profissional.

O técnico tem pouco tempo para trabalhar, os atletas mudam o tempo inteiro , mas ele sofre muita pressão o tempo inteiro. Nossa cobrança não vai ser por padronização, mas por resultado desde o primeiro jogo.

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P: Qual o motivo de estarmos perdendo a contratação do atacante Carlos para o Paraná?

O Coritiba pretende trazer o Carlos desde dezembro. Foram feitas várias tratativas e esteve muito perto de vir, mas tem proposta de vários clubes da Série A. Dentro de tudo isso, do atleta, empresário e Atlético-MG, são eles que decidem. O Coritiba mantém o interesse, é uma negociação que está muito difícil, mas pode ainda ser concretizada.

P: Tendo em vista a preocupação com as condições financeiras e o medo de não conquistarmos o acesso, o que agravaria mais as finanças, como a diretoria pensa em agir caso os resultados não venham?

O planejamento com que a diretoria e a comissão técnica trabalham é do Coritiba disputando as primeiras posições da Série B desde o início. As decisões que tomamos, as contratações que fizemos, é para que isso aconteça e os resultados venham desde os primeiros jogos da Série B.

Se isso for colocado em risco, não acontecer, o nosso torcedor pode ficar bastante tranquilo porque todas as medidas necessárias serão tomadas. O acesso à Série A é imprescindível ao Coritiba, é o nosso único objetivo neste ano e por nenhum momento nós vamos deixar que isso corra o risco de não acontecer.

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