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Presidente do Coritiba Samir Namur. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Presidente do Coritiba Samir Namur.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A permanência na Série B em 2019 deixará Coritiba com o mesmo tamanho da Ponte Preta – pelo menos no quesito investimento no departamento futebol – na próxima temporada. Essa é a previsão do especialista em marketing esportivo Amir Somoggi, da Sports Value, que vê o Alviverde retornado ao patamar financeiro de seis anos atrás como consequência da iminente perda de receita.

“É uma situação delicadíssima, ainda pior do que era antes. Seria fundamental manter a realidade financeira”, avalia Somoggi.

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A cota de televisão é o principal motivo do recuo coxa-branca. De acordo com último balanço patrimonial, relativo ao ano de 2017, os direitos de TV (R$ 56 milhões) representavam 47% das receitas do clube. A maior parte da quantia foi mantida para a atual temporada na Segunda Divisão, o que não vai se repetir em 2019.

A fatia principal, proveniente da Rede Globo, cai compulsoriamente de R$ 35 milhões para cerca de R$ 8 milhões (já contanto com o adicional de logística). Ou seja, 77% a menos.

O clube, entretanto, não assinou o novo acordo com a emissora carioca e ainda tenta negociar um adicional de luvas, mas será praticamente obrigado a aceitar o contrato por causa da situação precária de suas finanças. 

A permanência na Série B também implica no não pagamento do acordo de TV fechada (Esporte Interativo/Turner), que inclusive turbinou as receitas com o pagamento de bônus nos últimos anos – total de R$ 40 milhões.

As outras fontes (sócios, bilheteria, transferências de jogadores, patrocínio e publicidade) também tendem a diminuir, o que resultaria em investimentos no nível de 2011.

“O Coxa deve passar de um orçamento de futebol na casa de R$ 70 milhões para algo entre R$ 40 e R$ 50 milhões em 2019. É mais ou menos do tamanho da Ponte Preta e do Goiás atualmente. Abaixo de Sport e Chapecoense”, fala Somoggi.

“De 2011 a 2017 o clube acumula prejuízo de 107 milhões. O Atlético-PR, por exemplo, teve lucro de R$ 263 milhões. Só de juros bancários o Coritiba gastou R$ 17 milhões em 2017”, enfatiza o especialista em marketing esportivo.

Erros e acertos

Segundo Somoggi, a tarefa da diretoria do Coritiba é complicada, mas não impossível de se resolver com um plano para gestão do futebol. O desafio será trazer novas fontes de receita e reduzir despesas, mas sem perder foco no futebol.

Os cortes que já vêm sendo feitos pela atual gestão são importantes, de acordo com o especialista, mas precisam ser mais cirúrgicos.

“As despesas administrativas e de marketing foram de R$ 25 milhões [em 2017]. Isso está no último balanço. Onde o clube vai chegar assim? A lugar nenhum. É preciso de alguém que faça bem a gestão, mas também de gente que entenda de futebol. Não adianta cortar demais na carne, no futebol – o que significa perder qualidade – e não subir”, reforça.

TABELA: Confira a classificação atualizada e os jogos da Série B

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