Rafinha relembra salários atrasados no Paraná e prega cautela do Coxa

Rafinha prega cautela do Coritiba contra o Figueirense| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Coritiba recebe o Figueirense neste sábado (10) no Couto Pereira pela 15.ª rodada da Série B, lutando para entrar de vez no G4 e manter a invencibilidade de cinco jogos.

Do outro lado, um adversário que não vence há cinco partidas e viveu dias turbulentos nas últimas semanas, com atrasos de salários, saída de jogadores e do treinador e ameaça de W.O. devido à crise.

"O Figueirense está jogando até melhor fora de casa, devido ao problema que tem tido", disse o meia Rafinha, alertando para os riscos dessa partida. Para ele, a crise no rival pode gerar uma motivação a mais para o elenco, que busca superar os problemas em campo.

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"Na hora em que a bola rola dentro de campo os jogadores esquecem isso e quem está pensando em sair quer jogar até mais para mostrar que tem condições", analisou o jogador.

Rafinha, 36 anos, relembrou ainda ter passado por uma situação semelhante quando estava no rival Paraná. No Tricolor, em 2009, o elenco do qual Rafinha fazia parte chegou a fazer greve de treinamentos por causa de salários atrasados.

"No Paraná [em 2009], a gente passou por isso de ficar alguns dias sem treinar ou fazer só recreação para não ficar sem um dia de treino", disse. "Eu já tive propostas de clubes com coisas que eu sabia que não ia receber e não adianta se enganar sabendo que o clube não tem condições de cumprir".

Presidente Samir Namur e diretor Rodrigo Pastana estiveram no treinamento no Couto Pereira. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Para o técnico Umberto Louzer, a situação do Figueirense não pode influenciar no resultado. "Esse fator é incômodo, mas quando a bola rola ele não entra em jogo. São profissionais que lá estão e a gente tem que respeitar. É uma camisa pesada também, então temos que estar atentos a todos os detalhes para que a gente não venha a ser surpreendido dentro de campo", disse o treinador.

Entrar no G4 é a meta. "É uma oportunidade muito boa para que a gente possa entrar de vez no G4, é nisso que estamos nos agarrando", afirmou Louzer, que faz mistério quanto à escalação de Rafinha.

"Não tenho mais nada, já venho treinando a alguns dias sem nenhum incômodo, é mais a parte física, de ficar fora de tantos jogos, porque clinicamente esto recuperado. Vai depender da comissão", disse o jogador. Segundo Louzer, no entanto, a escalação não está confirmada porque ainda é preciso avaliar a condição do meia após o último treino.

Com Robson suspenso, se Rafinha não jogar, Welissol será titular. Certeza apenas é a escalação de Muralha no gol. "Wilson infelizmente ainda não pode ser convocado, tem algumas etapas ainda para cumprir. Com certeza na terça ele estará disponível, mas para esse jogo o titular é o Muralha", confirma Louzer.