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Rogério Bacellar falou sobre diversos temas do dia a dia do Coritiba. | Antônio More/Gazeta do Povo
Rogério Bacellar falou sobre diversos temas do dia a dia do Coritiba.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

No dia seguinte à derrota para o Grêmio, o presidente do Coritiba , Rogério Bacellar, convocou uma coletiva para dar respostas para a torcida coxa-branca.

Ele garantiu a permanência de Marcelo Oliveira no comando da equipe e tratou de outros diversos assuntos. Chamou atenção o destaque dado pelo dirigente ao Campeonato Brasileiro sub-20 (o Coxa está na final contra o Cruzeiro). Para ele, a conquista do torneio da base é tão importante quanto a permanência do time profissional na Série A.

“Os dois [têm igual importância]. Queremos ganhar o sub-20 e permanecer na primeira divisão”, cravou.

Além de Bacellar, estiveram presentes na entrevista os vices Gilberto Griebeler, Alceni Guerra, José Fernando Macedo e Celso Andretta, que compõem o G5. No entanto, apenas Bacellar falou.

Rebaixamento, o papel de Juliano Belletti no clube, eleições, novo estádio, balanço de mandato...C onfira as principais explicações do presidente coxa-branca.

Rebaixamento

“O momento não está bom, todos sabemos. Só temos que agradecer à torcida. As críticas são normais, porque a situação não está boa na tabela, mas eu como torcedor - talvez o mais fanático de todos - tenho esperança e certeza de que vamos sair dessa situação”

TABELA: veja como está a classificação da Série A do Brasileiro

Impacto de uma possível queda

“Se houvesse a queda, no primeiro ano não afetaria em nada a situação financeira do clube. Não acredito que vá haver o rebaixamento. A situação financeira está estável, não aumentamos a dívida em nada. Diminuímos. Impostos e salários estão em dia”.

Marcelo Oliveira

“A torcida está pedindo a cabeça do Marcelo, mas foi a torcida quem pediu a contratação dele. Fizemos um esforço incomum para trazê-lo, um dos técnicos mais vitoriosos do Brasil nos últimos anos ao lado do Tite. Não vamos encontrar um treinador vencedor como ele. Temos que estudar muito bem isso. Não é pegar e trocar treinador por sequência de maus resultados”.

ASSISTA à entrevista completa com Rogério Bacellar

Contratações

“Não tem como acertar todas. Com o Ney Franco, trouxemos o Wilson, o Juan e o Kléber, naquele momento foi acertado. Agora, esse ano foram contratados vários jogadores por opção do treinador [Carpegiani] e alguns foram dispensados, caso do González, os paraguaios [Benitez e Bareiro] e o Juan. Eu, pessoalmente, ficaria com estes jogadores”.

Alemão contratado, mas que ainda não jogou

“Eu sou presidente, não sou treinador. Se pudesse, faria de outra maneira [escalaria o Baumjohann]. O ‘alemão’ foi aprovado pela comissão técnica, indicado pelo Rafinha [do Bayern de Munique], o próprio Zé Roberto [do Palmeiras] disse que é um craque. Agora, infelizmente, a cabeça do treinador...”.

Alex Brasil

“O Alex negocia de jogador para jogador. Ele não tem a influência. Ele pode ter indicado algum jogador, mas esse jogador passou pela avaliação de toda comissão e, depois de aprovado, ele foi negociar”.

Belletti

“Belletti é diretor internacional para levar o nome do Coritiba para outros países e abrir portas. Abriu na Espanha, com uma abertura com Barcelona e Villarreal [ex-clubes de Belletti como jogador]. Conseguimos participar do Mundial sub-17, com uma atuação razoável. Da parte de marketing ele já está se desligando. Agora vamos ver se ele fica na diretoria de relações internacionais até o fim do ano ou sai antes”.

Estádio novo

“O Alceni [Guerra] ficou encarregado disto. Ele pegou todos os projetos de maneira gratuita, o Coritiba não gastou um tostão com nada. Recuperamos áreas do Couto Pereira. Toda vida, nunca disse que ia fazer, sempre com o pé no chão, orientação que foi dada ao Alceni. Para o clube não se endividar ou ficar igual a Corinthinas, Palmeiras e Grêmio que têm estádio, mas não são donos deles”.

Uso da base

“Hoje estamos focados em duas competições, o Brasileiro da Série A e ser campeão do Brasil no sub-20. Sendo campeão, poderemos aproveitar vários da base, porque agora não podemos correr o risco de usar estes atletas e perder o título”.

Eleição

“Desde o primeiro dia que assumi ,disse que não ia para a reeleição. Podia ser até campeão do Brasil que não ficaria. O presidente tem que dar sua parcela e não se perpetuar no cargo. Aí vira interesse. Agora, se vai sair chapa da situação, até agora não surgiu nome nenhum”.

Resposta à torcida

“Eu estava devendo uma resposta e a torcida merece. Não vasculho redes sociais, podem falar bem ou mal, o que importa é que estamos fazendo um trabalho com pé no chão, ninguém está brincando. Todos pensam em fazer um Coritiba cada vez maior. Se dentro de campo não está dando certo, é muito azar”.

Balanço da gestão

“Entrei no Coritiba com uma dívida milionária, antecipações de verba de tevê. Nós não antecipamos um tostão, vamos deixar toda a receita para a próxima gestão. O Coritiba hoje não está saneado, mas quem pegar vai pegar muito melhor do que eu”.

Responsabilidade pelos resultados

“Se eu não acreditar no time que temos, ninguém vai. A responsabilidade é total da diretoria. Eu, como presidente, assumo total responsabilidade por todos os atos que são feitos aqui, seja administrativo ou no futebol”.

Qual o maior erro de 2017?

“O erro é ter falta de sorte”.

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