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Em evento de arrecadação de recursos para o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, nesta quinta-feira, em Curitiba, Pelé respondeu poucas perguntas sobre futebol, conforme determinação dos promotores do evento, mas não deixou de dar um recado para a seleção brasileira, que enfrenta o Equador neste domingo.

"O Brasil tem que respeitar qualquer adversário porque hoje o equilíbrio é muito grande, não tem time fácil, não tem jogo fácil", alertou. "O Brasil tem que tomar cuidado para não ser pego de surpresa".

Pelé tem capitaneado as iniciativas do instituto com o intuito de reunir recursos para pesquisas, sobretudo em relação ao câncer de córtex adrenal e os transtornos neurocognitivos e comportamentais em crianças e adolescentes. Questionado sobre se os clubes de futebol não poderiam contribuir com iniciativas como essa, ele foi bastante crítico.

"Os grandes clubes deveriam fazer alguma coisa para eles antes porque estão quase todos praticamente falidos", afirmou. "Acho um absurdo o Corinthians e o Flamengo, que têm as duas maiores torcidas, estarem falidos. Se fossem honestos na administração, só na venda de produtos eles montariam um time".

As críticas também foram estendidas à classe política. "Os governantes poderiam ajudar muito mais se não tivéssemos tantas denúncias de corrupção", disse. Segundo ele, há uma cultura no Brasil pela qual um político, quando assume o poder, não dá continuidade a um trabalho que seja bom para a sociedade porque não foi ele quem iniciou. "Na época que estava no Ministério dos Esportes, tinha as Vilas Olímpicas com vários polos no Brasil para acabar com a criminalidade", afirmou. "O governo Lula não deu continuidade às Vilas Olímpicas que podiam ajudar a tirar as crianças da rua".

Questionado sobre a proposta da Agência Mundial Antidoping (AMA) de realizar exames surpresas em jogadores de futebol, que é contestada pela Fifa, Pelé disse desconhecer o tema. Segundo ele, os sorteios realizados nos jogos já seriam surpresas para os jogadores. Ao ser informado de que a intenção é fazer os exames a qualquer momento e não apenas em jogos, ele se mostrou admirado. "Aí não tem nada que ver com os jogos, aí é problema mais de polícia do que da Fifa", acentuou.

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