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Bergisch Gladbach – O caminho que o Brasil traçará a partir de hoje, às 12 horas (de Brasília), quando enfrenta Gana pelas oitavas-de-final da Copa, dependerá muito de uma reação individual. Ronaldinho Gaúcho chegou ao Mundial super exposto, considerado de antemão o craque do torneio, principalmente por ter sido nos dois anos anteriores o melhor jogador do planeta. Mas ainda não fez jus às expectativas. Virou coadjuvante em um esquema que deveria privilegiar o ataque.

Refém do desenho tático montado por Carlos Alberto Parreira, ele tem atuado muito recuado no meio-de-campo. No Barcelona, onde se consagrou, é atacante. Para brilhar na seleção brasileira, terá de superar a teimosia do treinador em colocá-lo fora de posição. E rápido.

Com a contusão de Robinho, surgiu a possibilidade de o destino corrigir o problema. Ronaldinho poderia ser deslocado para fazer dupla com Ronaldo, entrando Juninho Pernambucano no meio. A esperança, porém, definhou após a última entrevista do técnico brasileiro antes da partida.

"Existe o fantasma da desclassificação. Com os jogadores que nós temos, é possível formar várias maneiras de jogar. Só que se você tentar diretrizes diferentes a cada jogo, você acaba não indo a lugar nenhum", disse, praticamente descartando usar o camisa 10 em uma nova função.

"Nós temos de ganhar a competição com uma base, uma maneira de jogar que não foi mudada. Contra o Japão nós mudamos. Mas só os nomes", advertiu.

Só uma assistência

Sacrificado com a missão de se dividir entre marcação e armação das jogadas ofensivas, Ronaldinho Gaúcho esteve discreto nos 250 minutos em que esteve em campo na Alemanha. Fez apenas uma assistência digna de superstar, com um passe em profundidade para Gilberto fazer o terceiro gol na goleada por 4 a 1 sobre o Japão.

Chutes a gol foram somente quatro. Três no alvo, sem balançar as redes. Uma média inacreditável para um atleta de seu calibre: um arremate correto por partida.

Caso Adriano e Ronaldo sejam assegurados por Parreira na frente, Ronaldinho terá uma missão espinhosa. Aumentar suas estatísticas, driblando a falta de adaptação à função no meio-de-campo e ainda suprir a baixa movimentação da dupla de ataque. Hora de a camisa 10 fazer a diferença.

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