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Duas gerações da “Era Dunga”: a primeira tinha Robinho e Kaká como destaques; a segunda, a atual, aposta no brilho de Neymar | Heuler Andrey/ Mowa press
Duas gerações da “Era Dunga”: a primeira tinha Robinho e Kaká como destaques; a segunda, a atual, aposta no brilho de Neymar| Foto: Heuler Andrey/ Mowa press

Adversário

Neymar pede vitória inédita sobre o hoje companheiro Messi

Da Redação, com Agências

Neymar tenta pela primeira vez superar o hoje companheiro de Barcelona, Lionel Messi. Pela seleção, foram duas derrotas (1 a 0 e 4 a 3), com quatro gols do camisa 10 argentino. Pelo Santos, o Mundial de Clubes terminou 4 a 0, com duas bolas na rede do meia adversário. "Não dá para deixar ele pensar", resumiu o atacante brasileiro, que tem feito uma dupla de sucesso com La Pulga no time catalão. "Falei para ele: ‘pode fazer dois, três gols, mas que o Brasil vença", disse o ex-santista, antes do primeiro duelo com Messi desde que foi para a Espanha, no ano passado.

Neymar promete poucas jogadas de efeito e muito empenho no resultado, mas a equipe de Dunga terá um grande desafio pela frente. O técnico Tata Martino aposta em uma equipe versátil para furar a possível retranca verde-amarela. "O Brasil deve ter uma postura de esperar mais para sair nos contra-ataques. É preciso tomar cuidado para não dar espaço ao contragolpe", explicou.

Messi terá liberdade para atazanar os oponentes em qualquer canto do campo. Agüero também não atuará como um centroavante fixo, mais próximo da área. Nesse esquema de jogo, ele cai pelas beiradas do campo, com velocidade. Mesmo trunfo esperado de Di María, que também se movimenta muito. Não ficar parado é a chave para envolver a zaga brasileira.

Contra a Argentina, no Superclássico das Américas, em Pequim, a seleção brasileira saberá, de fato, se começou bem ou não a reformulação comandada por Dunga após o vexame de Felipão na última Copa do Mundo. O treinador terá no estádio Ninho do Pássaro, a partir das 9 horas (de Brasília), o primeiro e mais duro desafio desde o seu retorno.

Depois de vitórias por 1 a 0 sobre Colômbia e Equador, no mês passado, nos Estados Unidos, será a primeira vez após a Copa que o Brasil enfrentará um time campeão do mundo. Enquanto a seleção ainda se reconstrói da goleada por 7 a 1 para a Alemanha, os argentinos são os atuais vice-campeões do mundo e mantiveram praticamente todo o time do Mundial.

A estrela da equipe de Dunga é Neymar. A única estrela, já que Robinho e Kaká, que eram os pilares do conjunto montado pelo treinador em sua primeira passagem pela seleção, hoje são reservas. Por isso, a aposta é na força do elenco, apesar dos poucos treinamentos, para superar um adversário que vive melhor fase. "O futebol não tem segredo. Se houver uma parte coletiva forte, as individualidades vão se sobressair. Na Copa do Mundo, em grandes seleções que tiveram só individualidade, as coisas não andaram muito bem".

Comandante de pulso firme, ele vai tentar surpreender a Argentina nos contra-ataques. A estratégia é a mesma de oito anos atrás, quando assumiu a seleção pela primeira vez: ocupar bem os espaços na defesa para diminuir o campo de ação do adversário (principalmente de Messi) e, quando recuperar a posse de bola, avançar em velocidade. A ordem, sempre que possível, é para que os jogadores procurem Neymar.

"Se eu quiser agradar vocês, eu diria que vou para cima. Mas, na hora de jogar, todo mundo se defende e ataca quando tem a bola. É normal no futebol organizar a defesa primeiro e depois o ataque. Ninguém joga tão aberto", explicou.

Jogadas de bola parada são outro trunfo do treinador, assim como já foi na vitória contra o Equador. Dunga usou o treino de ontem no Ninho do Pássaro para ensaiar cobranças de escanteios e faltas laterais e frontais. Nos lances de dois toques, Neymar, sempre ele, ora recebia a bola e batia direto para o gol ora fazia o cruzamento. Neymar, Willian, Luiz Gustavo, David Luiz, Robinho e Oscar ainda treinaram cobranças de pênalti caso a partida termine empatada.

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