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A próxima semana será decisiva para o Corinthians começar a sonhar em ter mais uma estrela em seu elenco para a disputa da Taça Libertadores. Representantes do DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, viajarão a Buenos Aires para conversar com o Boca Juniors sobre a contratação do meia Juan Román Riquelme, sonho do presidente Andrés Sanches para vestir a camisa 10 do Timão no ano do centenário.

O presidente do Boca, Jorge Ameal, já tem conhecimento sobre a ida dos emissários corintianos e aceitou ouvi-los. Os empresários querem saber quais as condições para que a transação seja aberta e mostrarão aos agentes do atleta o projeto, incluindo até os valores que o Alvinegro deseja pagar. A intenção é contratá-lo ainda em 2009 para disputar o segundo turno do Campeonato Brasileiro, se adaptar ao novo clube e estar em plenas condições quando o torneio sul-americano começar.

"A viagem será na semana que vem. O interesse no Riquelme existe e agora vamos estruturar o negócio. Vamos ver quais serão as bases", disse Thiago Ferro, representante do DIS, por telefone.

Para não criar alarde, o Corinthians vem evitando falar no assunto, mas não nega veementemente desde que o interesse foi revelado. A contratação de um meia renomado se transformou em prioridade com a venda de Douglas para o Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos. Morais, substituto imediato, não emplacou até agora. Além disso, as opções no mercado brasileiro não agradam tanto ao técnico Mano Menezes.

"O Riquelme é um sonho. E não posso falar nada de sonhos", esquivou-se o diretor de futebol, Mário Gobbi Filho.

O Corinthians decidiu apressar a busca por Riquelme pela crise vivida pelo futebol argentino. O Boca, mesmo sendo o clube de maior receita no país vizinho, precisou vender uma de suas principais estrelas, o atacante Rodrigo Palacio, por apenas € 5 milhões (R$ 13 milhões) para o Genoa-ITA. O dinheiro serviu para quitar alguns salários atrasados, como do próprio Riquelme e do centroavante Palermo.

A venda de Palacio por um baixo valor servirá de exemplo para o Timão. Riquelme já tem 31 anos e não custaria tão caro assim. O clube possui ainda um montante para investir depois das vendas de André Santos, Cristian e Douglas, mas também estaria disposto a ceder ao DIS até porcentagens de alguns de suas promessas em troca da compra do gringo.

Atualmente, o grupo possui 22,5% dos direitos de Dentinho e 25% do zagueiro Renato e tinha outros 22,5% de André Santos, negociado com o Fenerbahce-TUR. A vinda de Riquelme não só abriria portas no mercado argentino como também colocaria a empresa em evidência em toda a América Latina.

O clube do Parque São Jorge já está amparado para pagar os salários do meio-campista. Por causa da Libertadores e do centenário, o departamento de marketing espera duplicar o valor arrecadado com patrocínios (cerca de R$ 30 milhões em 2009). Mesmo assim, gastará bem menos do que com Ronaldo e um pouco mais do que com Souza, seu centroavante reserva, dono do terceiro maior vencimento do elenco (Edu é o segundo).

Sondado também pelo Mallorca-ESP, Riquelme tem contrato até o fim de junho de 2010 com o Boca Juniors. Há duas semanas, ele negou que estivesse negociando com o Corinthians, reforçou o amor que sente pelo clube argentino, mas reconheceu que abriria negociações se fosse autorizado. Mais que isso, admitiu que jogar ao lado de Ronaldo o interessa. É esperar para ver.

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