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O Operário vai substituir o jogador Davi Ceará pelo atacante Ra­­fael antes de a bola rolar hoje, às 19h30, no Germano Krüger, para os 59 minutos restantes final do jogo contra o Cascavel, adiado por causa de fortes chuvas na semana passada. A decisão foi tomada on­­tem mesmo sem o clube ter encontrado respaldo legal junto à Fede­­ração Paranaense de Futebol, embora garanta que não há impedimentos para pôr em prática seu intento.

De acordo com um dos gestores do Operário, Dorli Michaels, a equipe não pode ser prejudicada por um erro. "O regulamento não permite que voltemos com o Cea­­rá para a partida, mas não fala ab­­solutamente nada que impeça que o substituamos por outro jogador. Quando o jogo foi interrompido, tínhamos 11 jogadores em campo. Quando o jogo recomeçar, temos de ter 11 jogadores em campo", explicou, por telefone, à Gazeta do Povo.

A polêmica toda surgiu graças ao que diz o artigo 15.º do Regu­­la­­mento Geral das Competições, documento que rege todas as competições organizadas pelas FPF. Ele trata dos desdobramentos de um jogo que teve de ser adiado por causa de força maior (como as chuvas) e prevê que um jogador que tenha recebido o terceiro cartão amarelo durante a partida (estaria, portanto, suspenso do jogo seguinte apenas) não poderia voltar a campo. O Operário contestou esse artigo e buscou amparo na FPF.

A entidade se pronunciou apenas sobre o jogo em que a su­­spensão de Ceará deveria ser cumprida, mas deixou a critério dos interessados qualquer interpretação que se tenha do RGC. Dirigentes e advogados do Operário estiveram na FPF, mas não conseguiram nenhum documento nem decisão oficial sobre como proceder.

Responsável por analisar questões polêmicas, deliberar e julgar tudo que se relaciona ao esporte no Paraná, o Tribunal de Justiça Desportiva diz que sequer foi procurado pelo Ope­­rário para falar sobre a polêmica. "Pelo que tomei conhecimento, eles optaram por recorrer à Federação para saber como proceder. Acho que eles po­­deriam ter submetido essa questão ao TJD também, para tentarmos achar uma solução. Infelizmente isso não aconteceu", disse o procurador-geral do órgão, Ramon Nogueira.

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