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As divergências entre o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, e o meia Alex, capitão da equipe coxa-branca, ficaram ainda mais evidentes ontem com a inscrição do grupo de oposição para a eleição presidencial do clube, marcada para 13 de dezembro. A esposa de Alex, Daiane Mauad, está entre os 160 sócios que integram a chapa Coxa Maior, liderada pelo cartorário Rogério Portugal Bacellar.

A presença de Daiane reforça a cisão entre o atual presidente e o principal jogador da equipe. Há cerca de um mês, Alex afirmou que 80% do prometido a ele pela diretoria, em 2012, ano de sua contratação, não foi cumprido. Vilson, em sua última entrevista coletiva, há três semanas, preferiu não polemizar e afirmou possuir "um carinho muito grande" pelo camisa 10.

Oficialmente, o capitão alviverde, que tem direito a voto, não se posiciona, mas nas redes sociais não esconde a preferência. "Boa sorte no pleito meu velho, está nas mãos do associado", postou ele, ontem, para Christian Gaziri, membro da chapa de oposição. O atleta também desejou sorte ao vereador Pierpaolo Petruzziello, candidato a presidente do Deliberativo pelo mesmo grupo.

"Eu fico orgulhoso, é uma participação importante. Não sei o motivo, mas talvez seja porque o Edison Mauad é meu amigo de muitos anos", opinou Bacellar, citando o pai de Daiane, presidente do Alviverde entre 1995 e 1996.

O nome de Bacellar para encabeçar a oposição – tudo indicava o empresário André Macias como o escolhido – só foi definido ontem. "Falaram muito no meu nome, mas são grandes coxas, todos do G5 [grupo gestor do clube] poderiam ser o presidente. Não tem vaidade. Tem sim apego ao clube, à instituição e não ao cargo", garantiu Macias, sem querer falar muito sobre o projeto da chapa, programado para ser lançado oficialmente hoje.

"Queremos um Coritiba que seja do seu tamanho, maior do que está hoje", resumiu.

Completam o G5 da oposição, além de Bacellar e Macias, Ricardo Guerra, Gilberto Griebeler e Ernesto Pedroso. O último deve ser o vice-presidente de futebol caso o grupo seja vencedor.

A campanha começa hoje, porém os ataques mais duros só devem ocorrer na última semana antes da eleição. Oposição e situação fizeram um acordo para evitar atritos maiores antes do fim do Brasileirão. Vilson prometeu só falar sobre futebol até a última rodada do Nacional.

Ricardo Guerra, pelo Facebook, reforçou a trégua temporária: "É hora de respeitarmos nosso clube, de torcermos juntos. Após o campeonato, estarei disponível para debater projetos", disse.

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