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Ex-volante do Coritiba, Paulo Foiani agora é técnico do Cascavel. | Antônio More/Gazeta do Povo
Ex-volante do Coritiba, Paulo Foiani agora é técnico do Cascavel.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Se nos gramados Paulo Foiani não passou de volante esforçado, como treinador ele se prepara para um momento “mágico”. Desafiar com o modesto Cascavel o principal candidato ao título paranaense. Seria um feito único para ajudar a alavancar a jovem carreira como técnico.

Classificado em oitavo no na primeira fase, ele terá de encarar no mata-mata estadual o Coritiba, onde há 19 anos começou a materializar os seus sonhos no futebol.

Nedo Xavier era técnico da base do Coxa e gostou da atuação daquele volante dedicado do Londrina, em um duelo no VGD entre os times juniores. Chegou ao Alviverde em 1995 para disputar a Copa São Paulo e foi promovido ao profissional. “Tenho um carinho enorme pelo Coritiba. Fui muito bem acolhido. O clube me deu a grande oportunidade no futebol. Jogar em um time grande, nos principais estádios, contra as melhores equipes. Tive retorno e até o meu primeiro apartamento eu comprei quando jogava lá”, lembrou Foiani. Ele voltou neste ano ao Couto Pereira, pela 10.ª rodada e conta ter recebido o carinho de alguns torcedores mesmo tanto tempo depois.

No Coxa, conquistou a Copa dos Campeões (1997) e o Paranaense (1999). Mais na raça do que na técnica. “Como atleta, era voluntarioso. Nunca fui craque. Era esforçado, venci muitos obstáculos e consegui jogar com a vontade, o vigor físico, superação e dificuldade”, admitiu. “Já como técnico, você tem condições de ser cada vez melhor”, planeja.

Dos 20 clubes que defendeu na carreira, o Coritiba foi onde ele ficou por mais tempo (1995-2001). Mas, a oportunidade inesquecível na carreira ele viveu no Hoa Phat, do Vietnã. Ele foi visto por um empresário através da Rede Tevê, que transmitia os jogos do Itapirense, pelo Paulista A3.

“Como eu nunca tinha jogador no exterior, resolvi abraçar a causa. Se me perguntar se ganhei dinheiro, vou dizer que não. Mas foi uma experiência incrível”, lembra. A dificuldade com a língua e a comida era pequena se comparado ao desconforto quando era confundido como norte-americano.

“No início era difícil, depois me reconheciam. O povo ficou muito marcado pela guerra com os EUA”, comentou. “Por outro lado, a superação deles, como reergueram um país totalmente destruído é um exemplo. Eles moravam em buracos na época da guerra. Hanói, onde vivi, é uma cidade limpa, com prédios imensos, seis milhões de habitantes e um povo muito trabalhador”, contou.

Lições de superação que ele tenta transmitir aos jogadores do Cascavel. Time campeão da Série Prata e com a base mantida em 2015, a Serpente tem no empenho dos atletas e na filosofia de pagar em dia as condições de surpreender o Coxa no domingo. Como? “Jogando, encarando de igual para igual. Tendo organização, coragem e confiança”, ensina.

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