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Messi: extraterrestre para Wenger | Eddie Keogh/Reuters
Messi: extraterrestre para Wenger| Foto: Eddie Keogh/Reuters

Opinião

Características semelhantes, espaço de sobra

Sandro Gabardo, editor assistente da Gazeta do Povo

Iguais, porém diferentes. Arsenal e Barcelona têm, sim, a mesma concepção de jogo – algo bem diferente de esquema tático. Ambos os times procuram tocar a bola, preferencialmente com velocidade, para chegar à área adversária o mais rápido possível. É do outro lado do campo, no território ofensivo, que seus jogadores se sentem mais à vontade com a bola – as defesas dão lá suas pipocadas. Essa característica cria a expectativa de um confronto franco, movimentado e, o que mais faz falta para quem só consegue acompanhar o futebol brasileiro, qualidade técnica apurada. A torcida é para que nem Arsène Wenger, o eterno técnico do Arsenal, nem Pep Guardiola, o comandante do Barça, sinta-se acovardado pela importância do jogo e puxe as rédeas. Pelo que vem fazendo nos campeonatos nacionais, o time inglês é o que mais pode surpreender. Contra as defesas retrancadas que costuma encarar na Premier League, os Gunners sofrem uma barbaridade para ganhar. Em tese, hoje devem encontrar mais espaços. Melhor ainda se Cesc Fabregas, que é dúvida, puder atuar. Ele dá equilíbrio e inteligência ao forte jogo coletivo do time. Já os espanhóis têm tido alguns problemas na liga local, mas contam com uma arma que mais ninguém tem para escapar do sufoco: Messi, em fase endiabrada. Atualmente, ele vem valendo por 11.

  • Manchester e Rooney se dão mal

Se há um confronto nas quartas de final da Copa dos Campeões em que o futebol será exaltado é o que reúne Arsenal e Barcelona. Os dois times que aliam técnica, toque de bola, ofensividade e ve­­locidade começam a lutar hoje, em Londres, por uma vaga nas semifinais.

Em 2006, se encontraram na final da competição em Paris. Com Messi vendo o jogo das tribunas (ele ainda não era o demônio que é hoje, e o astro do Barça era Ronaldinho), o time espanhol ganhou de virada por 2 a 1, com gols de Eto’o e Belletti. Henry, que hoje pertence ao elenco dirigido por Pep Guardiola, era o craque do Arsenal.

Aquele Barça tinha como técnico o holandês Frank Rijkaard, que levou o time à semifinal dois anos depois. No meio de 2008 começou a "era Guardiola", marcada por títulos e pela excelência do futebol. Não por acaso, o gigante espanhol levou o título da Liga dos Campeões batendo o Manchester United na final em Roma por 2 a 0 – já com Messi como destaque. O Arsenal caiu nas semifinais do ano passado diante do rival Man­­chester United.

"Vamos tentar oferecer um grande espetáculo para toda a Europa. O Arsenal é há anos um exemplo de como jogar um futebol bonito, e o grande responsável por isso é Arsène Wenger. Ele é um dos melhores técnicos do mundo e mudou a filosofia do clube", disse Guardiola.

O treinador do time inglês tam­­bém espera um confronto de alto nível. "Esperamos corres­pon­­der às expectativas dos amantes do futebol. Será um cho­que entre duas equipes exce­pcionais."

O Barça não terá o meia Inies­­ta, que sofreu uma lesão muscular no fim de semana, mas tem boas chances de ter Abidal, recuperado de contusão – nesse ca­­so, o brasileiro Maxwell iria para o banco. A dúvida de Guardi­­o­­la é se escala Henry ou Pedro no ataque. No Arsenal, Wenger só saberá pouco antes da partida se po­­derá escalar o meia Fábregas. O treinador inglês disse que há 40% de chances de sua estrela jogar. Não se furtou ainda de elogiar o craque do time adversário. "Ele é de outro planeta", opinou, ao falar, obviamente, sobre Messi. Seu ex-pupilo Henry também ganhou afago de Wenger: "É um jogador de grande talento, muito inteligente."

A outra partida do dia será em Moscou, entre CSKA e Inter. José Mourinho, técnico do time italiano, deixou o atacante Balotelli fora da lista de convocados. E tratou de esquentar o clima para o jogo ao dizer que é estranho que dois jogadores russos (Berezutski e Ignashevich) estejam jogando mesmo depois de um exame an­­ti­­doping que fizeram em dezembro ter apontado a presença de uma substância proibida – fo­­ram suspensos por apenas uma partida.

Manchester e Rooney se dão mal

Autor do gol inglês, Rooney evitou uma dividida no fim da partida e, na sequência do lance, torceu o tornozelo, sozinho (foto). Mancando, saiu de campo escorado na comissão técnica do Manchester United com dupla frustração. Além da contusão, cuja gravidade ainda é desconhecida, o jogador ainda viu seu time levar o gol da virada para o Bayern de Munique segundos depois de ir ao chão. Olic roubou a bola de Evra, em bobeada incrível dentro da área, para garantir o 2 a 1 em Munique – Ribery fez o outro dos alemães; Rooney marcara para o Manchester. Já na França, Michel Bastos fez o dele, o argentino Lisandro Lopez marcou mais dois e o Lyon, em casa, derrotou o Bordeaux por 3 a 1 – Chamakh diminuiu

Ao vivo

Arsenal x Barcelona, às 15h45, na Band e ESPN; Inter de Milão x CSKA, às 15h45, na ESPN Brasil

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