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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

A brasiliense Rebeca Gusmão, principal atleta da equipe feminina de natação do Brasil, pode não ser "gigante pela própria natureza", como ela mesma ostenta na tatuagem estampada no seu braço esquerdo. Ontem, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) emitiu uma nota oficial informando que um exame antidoping feito por Rebeca no dia 13 de julho (pouco antes do início dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro) acusou doping para a presença de testosterona de origem exógena (não natural).

A CBDA foi informada do doping pela Federação Internacional de Natação (Fina) na sexta-feira, mas apenas ontem fez a divulgação. Com isso, a atleta de 23 anos – que no Pan do Rio venceu os 50 m e 100 m livre e tornou-se a primeira nadadora brasileira a conquistar uma medalha de ouro na história da competição – está suspensa provisoriamente de todas competições até a realização de uma audiência e o julgamento na sede da Fina, em Lausanne, na Suíça. As conquistas de Rebeca no Pan podem ser revistas e sua pena pode chegar a dois anos de suspensão.

Segundo Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Agência Nacional Antidoping (Anad), ainda é cedo para concluir que a atleta realmente tenha competido sob o efeito de doping. "É muito prematuro ainda qualquer tipo de conclusão sobre o caso", ressalta.

De acordo com Gunnar Werner, conselheiro e membro de honra da Fina, está cada vez mais difícil para quem apela às substâncias ilegais passar impune.

"Nossos controles são cada vez mais confiáveis e duros", afirmou. "Assim, o que vemos hoje é uma queda significativa no número de casos", afirmou Werner, que aponta uma média de apenas cinco resultados positivos de doping por ano na natação mundial.

Assim que a Fina divulgou a decisão sobre Rebeca, a nadadora foi à sede da CBDA, no Rio, acompanhada de seu pai, para uma reunião. No encontro, a nadadora deu um depoimento que será transcrito e enviado à Fina para a sua defesa. A atleta tem até o dia 23 para coletar e encaminhar as provas de sua inocência no caso.

A CBDA recebeu três documentos no dia 2: o primeiro comunicou o exame antidoping positivo de Rebeca no dia 13 de julho de 2007. O segundo, endereçado à nadadora, atesta que a testosterona acusada no exame não foi fabricada pelo seu organismo. O terceiro é um relatório do Laboratório Armand Frapier, do Canadá, responsável pela análise.

Rebeca já confirmou que vai pedir a avaliação da amostra B de seu exame, direito concedido pela Fina. Com a suspensão, a nadadora foi afastada da viagem com a delegação brasileira a Moscou, para participar da quarta etapa da Copa do Mundo de Natação em piscina curta (25 metros).

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