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Martin Whitmarsh, chefe da McLaren, afirmou que sete das atuais 11 equipes que compõem o grid da Fórmula 1 atualmente estão operando em "modo sobrevivência". O dirigente, que também é presidente da FOTA, a Associação das Equipes da F1, mostrou preocupação com o futuro das escuderias e apontou a existência de uma grande crise financeira na maior categoria do automobilismo mundial.

O dirigente falou sobre o assunto em uma entrevista à rede inglesa BBC, publicada nesta sexta-feira, na qual projetou dificuldades para as escuderias nos próximos anos. "Estamos no mundo da publicidade e você precisa ver como funciona a publicidade ao redor do mundo. A lista de tarifas está baixa. Tomamos algumas medidas (na McLaren), mas, para alguns, será difícil", afirmou, se referindo ao fato de que vários contratos de publicidade, que rendiam fartas receitas ao times, foram cancelados ou revistos depois da crise econômica mundial de 2008. "O ambiente de negócios é difícil em todos os lugares, não só na F1", enfatizou.

Whitmarsh ainda destacou que será difícil para grande parte das equipes estabelecer "um modelo de negócio viável por muitos anos" na Fórmula 1. Ele acredita que as escuderias deveriam repartir de forma mais inteligente os lucros oriundos dos direitos comerciais da categoria, embora tenha elogiado Bernie Ecclestone, chefe da categoria, que administra as receitas da F1 ao lado do grupo CVC.

"Bernie tem feito um trabalho fantástico para os construtores (equipes). Podemos criticá-lo, mas ele fez um melhor trabalho do que nós. Ele tem mantido o dinheiro em nome de seus empregadores. Esse dinheiro apita o esporte e isso é profundamente frustrante para nós, mas é exatamente o que ele tenta fazer", afirmou o chefe da McLaren, antes de criticar mais diretamente a falta de competência das escuderias para angariar maiores lucros trabalhando de forma unida. "Se as equipes não se mostram suficientemente coesas para trabalhar em conjunto e assegurar uma fatia maior, elas têm que culpar a si mesmas".

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