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Schumi encerra volta às pistas melancólica

"Foram três anos maravilhosos, não tão bem-sucedidos quanto queríamos, mas bem aproveitados. Agora é hora de curtir a vida em definitivo", resumiu Michael Schumacher, ontem, durante sua última entrevista coletiva como piloto de Fórmula 1.

O alemão, dono dos principais recordes da categoria, encerrou sua impressionante carreira com um melancólico sétimo lugar no GP do Brasil, local onde já havia subido ao lugar mais alto do pódio três vezes. Ao todo, em 19 temporadas, foram sete títulos e 91 vitórias. Da última passagem, com a equipe Mercedes, Schumi sai zerado, mas realizado. E feliz.

"Estou feliz por Vettel, que é meu amigo. Vamos ver o que acontece no futuro [se ele vai quebrar meus recordes]", disse o alemão de 43 anos, que já escolheu sucessor, só que ainda não sabe como será a transição para a vida de aposentado.

"Acho que ainda vou continuar pensando na preparação para as corridas. Talvez eu só entenda que acabou quando não puder mais ir beber e comemorar com os meus mecânicos".

A cara de poucos amigos que Fernando Alonso carregava antes do GP do Brasil, ontem, em São Paulo, não melhorou muito depois do desfecho do campeonato a favor do rival Sebastian Vettel. Tudo que o espanhol precisava e pedia, aconteceu. Mas não bastou para que Alonso roubasse o tricampeonato para si.

A chuva e o acaso realmente atrapalharam o rival alemão, que chegou a cair para último lugar. Alonso conseguiu atingir o objetivo de subir ao pódio e, por alguns minutos, via o tricampeonato cair em seu colo. Só que a decepção pelo vice estava estampada no rosto do espanhol após a corrida, na entrevista que concedeu.

"Não foi hoje [ontem] no Brasil que perdemos o campeonato. Foi em outros dias. Por exemplo, quando o [Romain] Grosjean passa por cima de você com o carro", reclamou Alonso, citando a prova da Bélgica, a única em que foi forçado a abandonar por causa de uma manobra imprudente do piloto francês, seu companheiro de Renault em 2009 e hoje na Lotus.

"Mas quando se faz algo com o coração e dá 100%, temos de reconhecer e ficar felizes. Não tinha o carro mais rápido e a equipe se esforçou até o final", emendou, lembrando que precisa de uma máquina mais competitiva para 2013. "Espero ser competitivo desde o começo do ano", fechou.

O brasileiro Felipe Massa, ao contrário do companheiro de Ferrari, saiu de Interlagos revigorado e com a nítida impressão de que a má fase do início do ano passou. A partir da metade da disputa, Massa mostrou um rendimento muito superior, recuperando a velha forma.

Após ceder a sua posição para o espanhol pela quarta vez, aceitando o jogo de equipe da Ferrari – o mesmo aconteceu na Itália, Coreia do Sul e nos Estados Unidos –, ele terminou em terceiro, seu segundo pódio em 2012.

"Foi uma corrida onde tudo aconteceu. Fui parar atrás por causa da pista úmida, mas depois consegui várias ultrapassagens. Cedi a posição para o Fernando porque ele tinha chances. O momento foi emocionante, depois de um começo de ano impossível. Tomei muita porrada de todos os lados", lembrou Massa, ansioso para recomeçar a carreira em 2013.

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