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Veja que o vice-campeonato de 2008 alçou Felipe Massa à condição de ídolo nacional |
Veja que o vice-campeonato de 2008 alçou Felipe Massa à condição de ídolo nacional| Foto:

Brasil favorito ao título mundial pode até soar como um discurso ufanista, mas, nesta incógnita chamada F-1 2009, o nome de Felipe Massa está na pole position dos palpites de campeão. Até Bernie Ecclestone disse que apostaria seu dinheiro no brasileiro (e olha que mister Bernie costuma tratar bem suas "suadas economias").

Massa tem inúmeros motivos para ser apontado como favorito. A começar pela sua equipe, a Ferrari. O time mais tradicional da F-1 é também o mais poderoso. É bom lembrar que o regulamento mudou radicalmente e isso pode provocar uma reviravolta na hierarquia das equipes. Os testes de pré-temporada inclusive revelaram surpresas, como os bons tempos da Brawn GP e a má performance da McLaren. Só que todas estas mudanças não ameaçam o status de time de ponta da Ferrari. A equipe de Maranello briga pelo título em 2009.

Felipe Massa também é apontado pelos próprios rivais como o piloto de melhor capacidade de adaptação a uma nova condição – como um circuito novo, por exemplo. Basta ver que Felipe tem desempenho acima da média nas pistas recentes do calendário, como Turquia (onde venceu nos últimos três anos), Bahrein, Valência e Cingapura, onde venceria não fosse a lambança da equipe no pit stop.

Massa também mostrou rápida capacidade de adaptação após o fim do controle de tração. Seus críticos diziam que seu estilo, mais agressivo, sofreria um grande revés com a proibição do dispositivo eletrônico. Pois bem: Massa começou o ano zerando nos dois primeiros GPs e terminou 2008 vencendo de forma brilhante o GP Brasil, perdendo o título por um mísero ponto. E, por ter terminado o ano passado tão bem, Está mais forte dentro da Ferrari, deixando claro para o time que pode ser campeão mundial.

Além de ver Massa brigando pelo título, o fã brasileiro espera alegrias também de Nelsinho Piquet, que estará mais um ano em uma equipe de ponta, a Renault. O brasileiro terá um ano decisivo em sua carreira. Agora, não é apenas um estreante e com isso cresce a pressão para andar no mesmo ritmo de Fernando Alonso.

Por fim, a grande pergunta a ser respondida na Austrália é: o que esperar da Brawn GP? Se pré-temporada fosse um item bastante seguro de avaliação, Rubens Barrichello teria chance frequente de pódios e quiçá de beliscar vitórias. O otimismo do brasileiro é grande e, de certa forma, justificado – é, inclusive, endossado pela opinião dos próprios rivais. Mas, até na F-1, a história de que "treino é treino, jogo é jogo" é mais verdadeira do que se imagina.

Rodrigo França é jornalista especializado em automobilismo

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