Promessa de emoção

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Depois que foi transferido para o fim da temporada, o Grande Prêmio do Brasil tornou-se decisivo para os rumos do Mundial de Fórmula 1. Foi assim nos últimos quatro anos, quando coroou o campeão. Em 2009, a prova será a penúltima do calendário e está marcada para os dias 16, 17 e 18 de outubro.

A expectativa da torcida brasileira é que a história de disputas e emoções se repita. Tanto é verdade que faltam mais de seis meses para a corrida no autódromo de Interlagos e só restam poucos ingressos à venda. A compra de entradas pode ser feita pelo site www.gpbrasil.com.br. Os únicos setores que ainda estão disponíveis são o V (no fim da reta oposta) e o E (após o S do Senna). No setor V, o ingresso para dois dias (sábado e domingo) custa R$ 1.440 e para três dias (sexta a domingo) sai por R$ 1.656. No setor E, o preço para dois dias é de R$ 2.120 e para três, R$ 2.220. Outra opção é adquirir um pacote em uma agência de viagem. A maioria das empresas ainda tem alternativas que incluem entradas para o setor G, o mais barato.

Quem já tem o ingresso em mãos pode se preparar para uma prova emocionante. Desde 2005, o GP brasileiro define o campeão. Naquele ano, quem levou o caneco foi Fernando Alonso, da Renault. O espanhol largou na pole e fez uma corrida conservadora. Terminou em terceiro, atrás de Juan Pablo Montoya (Williams) e Kimi Raikonnen (Mclaren). Com essa combinação de resultados, liquidou a fatura mesmo restando dois GPs pela frente, Japão e China.

Em 2006, o domínio foi brasileiro. Felipe Massa (Ferrari) venceu praticamente de ponta a ponta, sem sofrer pressão dos adversários. Em segundo lugar ficou Fernando Alonso (Renault), que garantiu o bicampeonato. O destaque da prova foi Michael Schumacher (Ferrari). Na sua corrida de despedida, o alemão, com chances remotas de título, largou em décimo. Em poucas voltas, pulou para quinto. Um pneu furado o jogou para último. Depois de sensacional recuperação, finalizou em quarto. E pendurou o capacete.

Já 2007 foi o ano do finlandês Kimi Raikkonen, que ganhou no Brasil um título improvável. Pela combinação de resultados, Raikkonen só seria campeão caso vencesse a prova, Alonso não alcançasse a 2ª posição e Hamilton ficasse abaixo da 5ª colocação. Pois deu tudo certo para o finlandês – e errado para a concorrência. O brasileiro Felipe Massa (Ferrari) largou na pole position, Lewis Hamilton (Mclaren) em 2º, Raikkonen (Ferrari) em 3º e Alonso (Mclaren) em 4º. Após a luz verde, Raikkonen assumiu a segunda posição e Fernando Alonso, a terceira. Hamilton tentou manter-se na frente do espanhol, mas errou e saiu da pista, caindo para 8º. Enquanto buscava recuperação, apertou inadvertidamente o botão "neutro" do volante e fez seu carro praticamente parar na pista. O equívoco o mandou para a 18ª posição. A McLaren, então, armou uma estratégia de três paradas, mas só conseguiu levar o seu piloto ao 7º lugar. Enquanto isso, no pelotão da frente, Raikkonen assumiu a ponta após o último pit-stop e marchou para o título. Massa terminou em segundo e Alonso, em terceiro.

Se a corrida de 2007 foi emocionante, a de 2008 conseguiu ser ainda mais. A decisão do título de campeão da temporada aconteceu apenas na última volta do GP Brasil. Mais precisamente na penúltima curva. Para ser campeão, Felipe Massa (Ferrari), que largou na pole, precisava que Lewis Hamilton (Mclaren) ficasse do sexto lugar para baixo. O brasileiro manteve a ponta durante toda a prova. Já Hamilton oscilou entre a sétima posição no começo da corrida e um quarto lugar durante grande parte dela. Faltando oito voltas, a chuva voltou e o inglês acabou perdendo duas posições. Na pista, foi ultrapassado por Sebastian Vettel (Toro Rosso), enquanto que Timo Glock (Toyota) passou a ser quarto colocado por não ter parado nos boxes para colocar pneus intermediários.

Com Hamilton em sexto, Massa, o líder, era o campeão. Delírio no autódromo. Mas a festa durou pouco. Enquanto o brasileiro comemorava a vitória, Glock, ainda completando a volta final, acabou perdendo rendimento na pista molhada e foi ultrapassado por Vettel e Hamilton na última curva. Assim o inglês ficou em quinto lugar e assegurou o título.