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Rubinho de volta ao pódio, em Silverstone, no ano passado, ... | Bertrand Guay/AFP
Rubinho de volta ao pódio, em Silverstone, no ano passado, ...| Foto: Bertrand Guay/AFP
  • ... e no cockpit do BGP 001: de aposentado a candidato a sensação
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Aos 36 anos, a aposentadoria para Rubens Barrichello parecia iminente com a saída da Honda da Fórmula 1. Até que, da estrutura da ex-equipe, nasceu a Brawn GP. Paralelamente surgiu o interesse da embrionária USF1 para 2010. Pronto. Em vez de pendurar o capacete, o brasileiro ganhou praticamente mais dois anos de cockpit.

Uma nova chance, que fez Rubinho desabafar ao ser confirmado no grid para 2009. "Teve gente falando que eu estava acabado e que ninguém me queria", escreveu em seu site. "O importante é que durante esse tempo de vacas magras eu mantive minha fé, trabalhei duro meu físico e fiquei quieto, falando somente com o pessoal da equipe", acrescentou. Apesar de ter se mantido sempre informado das negociações sobre o futuro da escuderia – que para sua sorte acabou nas mãos do inglês Ross Brawn, diretor-técnico da Ferrari até 2006 e chefe da Honda nos últimos dois anos – e a preparação do carro que viria a ser batizado de BGP 001, ele admitiu a aflição pelo futuro incerto. "Falar que eu tinha certeza quando declarei no GP do Brasil que não seria minha última corrida seria demais, mas alguma coisa me dizia que não era."

"Escolhi Jenson (Button) e Rubens por causa da experiência e por já fazerem parte da equipe. Acredito que eles têm condições de estar prontos para o GP de Melbourne, apesar do pouco tempo de preparação", afirmou Brawn ao confirmar a permanência dos dois pilotos da Honda.

Antes do anúncio da saída da montadora japonesa da F-1, os brasileiros Bruno Senna e Lucas di Grassi chegaram a fazer testes pela equipe e a chance de Barrichello perder o lugar era grande. Porém, segundo ele, Brawn sempre defendeu sua permanência.

E o melhor estava por vir. Nos testes realizados na Espanha, os BGP 001 surpreenderam a todos, se mostrando extremamente competitivos. "Já sabíamos do potencial do carro muito tempo atrás. Começou a ser feito em maio do ano passado, quando a gente viu que o anterior (da Honda) não era competitivo", contou Rubinho, apesar de admitir não esperar tanto. "Que eu fui ver se estava com menos peso, eu fui ver, porque afinal de contas os tempos foram muito expressivos", brincou.

Ele vê a Brawn como uma das quatro melhores equipes para o início da temporada, ao lado de Ferrari, BMW e Toyota, e refuta a hipótese de que os bons tempos não passaram de blefe – andando com o tanque vazio – para conseguir patrocínio. "Eu me sentiria extremamente envergonhado de fazer os tempos que fiz, chegar lá (na Austrália) e largar em décimo porque foi blefe."

Mirando pelo menos o pódio na estreia, ele já elegeu o lema para 2009, seja escrevendo para seu site ou nas entrevistas: "faca nos dentes". Nada mais apropriado para quem quase trocou a alta velocidade pela tranquilidade dos campos de golfe – seu principal hobby – em 2009.

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