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Polícia fiscalizando o acesso à Baixada no clássico de domingo | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Polícia fiscalizando o acesso à Baixada no clássico de domingo| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
  • Torcedor tem mochila revistada no portão de entrada da Arena
  • Bafômetro foi usado pela primeira vez em jogos no país
  • Arruaceiros quebram ônibus no Terminal do Portão
  • Guarda municipal aponta arma durante confusão com torcedores

A Secretaria de Segurança Pú­­blica do Paraná (SESP-PR) divulgou nesta segunda-feira em seu site imagens feitas pelo serviço de inteligência da Polícia Militar de suspeitos da depredação de um ônibus após o Atletiba de domingo. A medida pós-jogo com exposição dos infratores faz parte do pacote antiviolência inaugurado no clássico e que irá nortear os jogos de futebol realizados no estado. A intenção da polícia é contar com a ajuda da população para identificar os envolvidos.

O veículo foi um dos sete de­­predados no domingo. Uma diminuição comemorada pela Se­­cretaria, se comparada ao último duelo entre Atlético e Co­­­­ritiba. Considerado um dos clás­­sicos mais violentos dos últimos tempos (inclusive com a morte de um torcedor atleticano atropelado por um coxa-branca), o vandalismo no jogo disputado em 25 de outubro de 2009 atingiu 28 ônibus. O número só perdeu para o que foi registrado em 6 de dezembro, no jogo Coritiba e Fluminense, quando a depredação afetou, além do próprio estádio, 34 veículos de transporte público.

A média de vidros danificados por veículo também caiu de dois e meio para um e meio do ano passado para domingo, no total de 11.

"O balanço foi totalmente positivo e comprovado pelos números. Houve menos ônibus danificados no levantamento da Urbs e a polícia registrou 12 ocorrências, contra 50 do último Atletiba. Também estamos divulgando as fotos de possíveis responsáveis pelos estragos em um ônibus no Pinheirinho e contamos com a ajuda da população", citou o comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Jorge Costa Filho.

Entre as ocorrências está a prisão de Cristian Rafael Bueno Gonçalves, em flagrante, por roubo no terminal do Pi­­nheirinho e pelo porte de três pe­­quenas bombas. Segundo a polícia, ele vestia uma camisa da Império Alviverde.

O uso de qualquer traje alusivo às organizadas estava proibido no estádio. Outros vetos como a faixas e bandeiras, porém, foram revistos após autorização do Atlético aos artefatos das torcidas rubro-negras.

"Tudo é um processo. Houve uma evolução na segurança, mas não queremos radicalizar. Não vamos mudar tudo do dia para a noite. A briga nunca vai acabar, mas queremos que seja o mínimo possível e quando ocorram sejam, contidas o mais rápido possível", justificou Costa Filho.

O episódio mais grave foi registrado no Terminal do Por­­tão. Torcedores do Coritiba teriam acendido um sinalizador e quebrado vidros de um ônibus. Na chegada ao local, o veículo foi abordado pela Guarda Mu­­nicipal, que sacou armas para controlar a confusão. Disparos foram houvidos, mas a procedência dos tiros não foi confirmada pela polícia.

Se persistiram confusões nos bairros, com o cerco de quase 400 políciais, poucos foram os registros no entorno e nas proximidades da Arena. "Vamos normatizar as novas regras. O bafômetro foi usado pela primeira vez, no país inclusive, e teve um resultado muito bom com a redução da violência, principalmente daqueles jovens ligados a organizações de torcidas que já chegam embriagados nos jogos e por isso cometem atos de vandalismos. Ontem (domingo) isso foi coibido e a gente pretende repetir sempre que for necessário porque o resultado foi satisfatório", declarou o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.

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