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Exame balístico aponta que tiro que matou torcedor paranista foi disparado de uma arma do ex-presidente da Fanáticos Juliano Rodrigues | Brunno Covello / Gazeta do Povo
Exame balístico aponta que tiro que matou torcedor paranista foi disparado de uma arma do ex-presidente da Fanáticos Juliano Rodrigues| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo

O advogado Haroldo Nater, que representa o também advogado e ex-presidente da torcida organizada do AtléticoOs Fanáticos Juliano Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (17) que o delegado da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), Clóvis Galvão, admitiu que seu cliente não cometeu o homicídio do torcedor do ParanáDiego Henrique Gonciero, de 16 anos, em julho de 2012.

A prisão, segundo Nater, seria uma estratégia para descobrir o verdadeiro autor do crime. "O delegado afirmou para mim e para a família do meu cliente que tem convicção de que Juliano não foi o responsável pelo disparo", destacou.

Galvão confirma. Ele justificou que em momento algum declarou que Rodrigues havia atirado no rapaz assassinado. "Quero apenas que ele explique como a bala do revólver que pertencia a ele foi parar no corpo da vítima".

Nater também alegou que o pedido de prisão de Rodrigues foi um artifício utilizado pelo delegado para chegar à conclusão do inquérito. "É um desrespeito gravíssimo ao processo penal, uma vez que o estado fere os direitos de um cidadão", sustentou o advogado. Galvão rebateu que cumpre sua função de delegado de requisitar a prisão dos envolvidos no crime. No domingo, 16, o advogado do preso requereu judicialmente sua transferência para uma sala especial, separada de outros detentos, prerrogativa conferida a advogados pela lei. Tal pedido foi concedido pela juíza da 1ª Vara do Tribunal do Júri, mas não foi efetivado. Investigação

Rodrigues foi preso temporariamente na manhã do sábado, 15, após exame de balística apontar que a arma utilizada no crime pertencia a ele. O crime contra Diego Gonciero ocorreu em julho de 2012 em frente à sede da Fúria Independente, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba, próximo ao estádio da Vila Capanema. Lá acontecia um churrasco de confraternização entre as torcidas do Paraná e a torcida Jovem, do Sport Recife, quando três carros chegaram atirando no local.

Na tarde do sábado, o também ex-presidente da Fanáticos, Fábio Marques, de 33 anos, se apresentou ainda no sábado à polícia e confessou ser o autor do disparo. Marques teria decidido confessar a autoria dos disparos por não suportar a acusação de um inocente.

Mesmo com a possibilidade de ser preso, Marques preferiu admitir que foi o responsável pelo assassinato do torcedor adversário. Procurado pela reportagem, o advogado de Fábio Marques preferiu não se manifestar.

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