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Gramado sintético do Furacão corre risco para 2018. | Antônio More/Gazeta do Povo
Gramado sintético do Furacão corre risco para 2018.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O risco de não poder utilizar grama artificial na Arena da Baixada vai provocar, pelo menos em teoria, uma mudança radical de comportamento da diretoria do Atlético.

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Para tentar convencer os adversários que o campo sintético não é sinônimo de ‘desnível técnico’ – como foi apontado no arbitral da Série A, na última segunda-feira (20), que vetou o piso para a temporada 2018 –, o clube promete começar uma política de boa vizinhança.

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“Temos de convencer os outros clubes, não tem outro jeito”, diz o presidente atleticano, Luiz Sallim Emed. “Vou fazer visitas, pagar um café, demonstrar com argumentos que não temos ganho técnico. Mesmo as pessoas mais bem informadas às vezes não têm noção de como é a nossa grama”, prossegue o dirigente.

Além do próprio Furacão, Bahia, Coritiba, Palmeiras e Sport foram os únicos times que se posicionaram contra a proibição sugerida por Eurico Miranda, presidente do Vasco.

Segundo Emed, a ótima campanha do Rubro-Negro em casa deu a impressão de que o gramado teve papel crucial. Ainda mais pela disparidade de resultados longe da Baixada.

Foram 14 vitórias – e apenas uma derrota– no sintético, enquanto a equipe do técnico Paulo Autuori só venceu duas vezes como visitante em 19 rodadas do Brasileiro.

“É aquela história da criança que chupou sorvete, pegou uma gripe e a mãe acha que a culpa é só do sorvete”, compara Sallim.

A proibição do piso artificial, aprovado pela Fifa, e que foi inaugurado há um ano, dia 24 de fevereiro, também afeta o Atlético diretamente em outro ponto. O retorno da grama natural compromete o projeto multiuso da Arena. Só a edição do UFC 198, em maio do ano passado, por exemplo, rendeu cerca de R$ 1 milhão de lucro para o clube.

“É uma política perversa [a feita pelo Eurico]. Tem presidentes mais progressistas, que não pensam de forma individualista como ele, que quer crescer em detrimento do outro, pisando no outro. Isso que lamentamos”, critica Sallim.

Em 2015, o Boavista, de Portugal, viveu uma situação similar à do Atlético. O campo sintético do Estádio do Bessa precisou ser trocado após a maioria dos clubes votar pela proibição – a federação portuguesa pagou a troca. Mas de acordo com o presidente do clube lusitano, Vitor Murta, a decisão de não brigar na Justiça foi apenas política, pois a posição interna era de não se indispor com ninguém.

“Como advogado, acho que é possível ter ganho de causa. Acho que eles [Atlético] devem ir à luta para obter uma decisão em um tribunal e essa jurisprudência valer para todas as equipes. O gramado artificial é o futuro”, acredita.

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