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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Horas depois do pai e procurador do jogador Vinícius afirmar que o filho sofreu coação e intimidação por parte de dois dirigentes do Atlético (vice-presidente Marcio Lara e o gerente Sidiclei Menezes), o Atlético publicou um comunicado afastando o atleta por indisciplina.

Na versão rubro-negra, completamente oposta da feita pelo jogador em delegacia com boletim de ocorrência, foi justamente o meio-campista que proferiu ameaças.

O encontro entre as partas foi para discutir o não acerto de Vinícius com o Avaí. Vinícius fez um boletim de ocorrência na delegacia para registrar sua narrativa, mesmo procedimento de Sidclei Menezes, que também se diz vítima na história.

“O atleta agiu de forma extremamente ofensiva e desrespeitosa, inclusive ofendendo a honra e a moral do gerente do CAP, chamando-o de mentiroso e ameaçando-o com as seguintes palavras: “vai encarar?”, em claro ato de indisciplina, insubordinação e mau procedimento”, traz o Atlético.

Em entrevista à Gazeta do Povo, o pai do boleiro trouxe outra versão. “Eles querem que ele abra mão de dinheiro. E o Vinícius não vai fazer isso. Chamaram ele de moleque, piá de bosta e tudo mais. Disseram ainda que queriam ver ele andar por Curitiba... Intimidaram, coagiram”, contou Praxedes de Sousa Barbosa.

Por que Vinícius foi afastado?

Na nota atleticana, o clube ainda diz que a não utilização de Vinícius é por questões técnicas (“É importante mencionar que em nenhum momento o atleta esteve afastado de suas atividades no Clube, sendo que a sua escalação depende exclusivamente de critérios técnicos”). Antes mesmo do clube se manifestar de forma oficial, no entanto, o técnico Paulo Autuori deu a entender que o impasse do atleta era administrativo, não esportivo.

“Sobre essa situação eu não tenho como falar. Eu trabalho com o grupo que nós temos. O Vinícius não está no grupo, então eu não posso falar absolutamente nada. Ele tem que resolver o problema dele com o clube. O clube tentou algumas hipóteses para ele e ele não aceitou. É um direito dele. Na hora que tiver alguma situação que ele tenha ou não que voltar ao grupo, eu poderei dar a minha opinião e a minha decisão”, disse Autuori.

Confira comunicado do Atlético sobre Vinícius

O Clube Atlético Paranaense vem a público esclarecer os fatos ocorridos na data de ontem (27/03) com o atleta Vinícius Goes Barbosa de Souza e contestar a versão repassada pelo jogador. Em verdade, o Clube por meio de seu Segundo Vice-presidente, Marcio Lara, e de seu Gerente de Negócios, Sidiclei Menezes, reuniu-se com o jogador com o objetivo de renegociar os termos do seu contrato de trabalho desportivo, assim como entender os motivos que o levaram a não aceitar o seu empréstimo para o Avaí, mesmo após aceite inicial da proposta e da realização de exames médicos no clube catarinense, nos dias 14 e 15 de março. Nesta oportunidade, o atleta agiu de forma extremamente ofensiva e desrespeitosa, inclusive ofendendo a honra e a moral do gerente do CAP, chamando-o de mentiroso e ameaçando-o com as seguintes palavras: “vai encarar?”, em claro ato de indisciplina, insubordinação e mau procedimento.

Registre-se que o CAP nunca negou suas obrigações pactuadas em contrato – buscava apenas renegociar seus termos – ainda que o histórico do jogador não siga pelo mesmo caminho, o qual em 2016 se envolveu em outros atos de indisciplina junto ao grupo principal, antes de seu empréstimo ao Náutico.

Adicionalmente, informa-se que o atleta estava treinando normalmente no Clube, mas não integrado diretamente ao grupo principal por estar à disposição para negociação com outros clubes. É importante mencionar que em nenhum momento o atleta esteve afastado de suas atividades no Clube, sendo que a sua escalação depende exclusivamente de critérios técnicos.

Diante do ocorrido, o Clube comunica que aplicou uma pena disciplinar ao atleta de suspensão pelo prazo de sete dias. Igualmente, o CAP informa que o Gerente Sidiclei Menezes já registrou boletim de ocorrência pelas ofensas e ameaças de agressão.

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