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Tricolores

Reforços

O Paraná terá dois reforços para o clássico. O volante Vandinho teve a situação regularizada na CBF. O jogador chegou ao clube em março e treinava com o elenco, mas só foi apresentado oficialmente na terça-feira, devido ao atraso na documentação por parte de seu ex-clube, o Al Sharjah (Emirados Árabes). Além dele, o zagueiro Alex Alves, recuperado de lesão, volta.

Atleticanas

Substituição

O diretor das categorias de formação do Atlético, Raphael Biazetto, se desligou oficialmente do clube. Ele deixou o Furacão para apostar em um projeto pessoal fora do país (não quis entrar em detalhes). O nome mais cotado para substitui-lo é o de Jorge Andrade, que atualmente responde pela gerência das categorias de base do Internacional.

De um lado, a teoria. De outro, a prática. Considerados apostas por causa da inexperiência na função de técnico, o rubro-negro Ricardo Drubscky e o tricolor Ricar­­dinho encaram pela primeira vez um clássico na beira do gramado. E a estreia promete um embate particular de estilos.

Considerado referência pelo estudo acadêmico das estratégias no futebol, apesar de possuir no currículo apenas passagens por times de menor expressão antes do Atlético, Drubscky, de 52 anos, é aquele típico "professor". Formado em Educação Física, é autor do livro Universo Tático do Futebol, utilizado ao redor do Brasil por diversos treinadores. A publicação revela como se trilhar o sucesso como técnico.

Em compensação, o comandante paranista não tem nada de teórico. Com mais de 15 anos de carreira como jogador, Ricardinho, 36, foi se moldando no cargo ao longo desse período. E esse conhecimento do "mundo da bola" que colocou o ídolo tricolor no banco de reservas do dia para a noite.

Não por acaso que tem sido questionado pelo Conselho Regional de Educação Física sobre a validade de estar no cargo justamente por não possuir diploma – ele precisou de uma liminar na Justiça para seguir atuando com a planilha em mãos.

"O trabalho que ele está fazendo é muito bom. Essa transição de jogador para técnico foi muito rápida, então a relação com os atletas está muito vivo nele", atesta o meia Lúcio Flávio. Nenhum jogador ou funcionário do Furacão foi autorizado a falar sobre o assunto.

O contraste se reflete dentro de campo. Drubscky é centrado, comedido nas palavras – a não ser para pedir a própria permanência no cargo – e com métodos tradicionais na montagem das equipes: o clássico 4-4-2 é quase lei.

Durante os jogos, por exemplo, vê na troca de um atacante por outro a melhor alternativa para mudar um jogo (40% das substituições).

Já Ricardinho é mais emoção, cobra abertamente os jogadores e coloca em campo o que melhor se adapta às características do elenco. Ora um, ora dois ou até três atacantes. O que a situação exigir. Nos jogos, o ex-apoiador não vacila: aposta nas substituições entre meias (52% das vezes).

O atleticano, porém, não retarda alterações. Na maioria das ocasiões, modifica o time até os 30 do 2.º tempo (80%). Em contrapartida, o paranista é mais cauteloso neste quesito e gosta de trocas a partir dos 30 da etapa final (39%).

Fato é que ambos têm realizado bons trabalhos. Ricardinho recolocou o clube na Série A do Paranaense e tem feito campanha acima da esperada na Segundona nacional. Drubscky, apesar de contar com apenas cinco jogos no cargo, vem de três vitórias consecutivas, sequência que deixou o Furacão perto do G4.

O tira-teima de estilos está marcado para o sábado, às 16 horas, na Vila Capanema. O resultado do clássico vai dizer sobre o que prevalece: teoria ou prática.

Colaborou Flávio Bernardes.

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