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Doriva teve aproveitamento de 45,8% nas oito partidas em que comandou o Atlético | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Doriva teve aproveitamento de 45,8% nas oito partidas em que comandou o Atlético| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Quem ganha espaço com Leandro Ávila

Douglas Coutinho

A tendência é que o artilheiro da equipe no Brasileiro, com sete gols, volte a ser titular amanhã, contra o América-RN. Foi sob o olhar de Ávila que Coutinho deslanchou. O jovem de 20 anos tem a confiança do interino para voltar a se destacar.

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O volante foi titular nos quatro jogos em que o Leandro comandou antes da Copa do Mundo. Com Doriva, acabou indo para a reserva de João Paulo. O dinamismo do jogador, que disputou o Paranaense com o sub-23 neste ano, é seu trunfo para voltar ao time titular.

Nathan

Pelo menos contra o Mecão, o meia tem boas chances de ser aproveitado desde o início. Como Bady está inelegível por ter disputado o torneio pelo São Bernardo, o meia da seleção brasileira sub-20 deve formar o meio de campo ofensivo com Marcos Guilherme. Se for bem, pode cavar seu espaço entre os 11.

Doriva não saiu atirando contra a diretoria do Atlético, mas deixou muito clara a sua indignação após ser demitido com 45,8% de aproveitamento em oito jogos do Brasileiro. Na visão dele, se o clube quer apostar em juventude – a média de idade do elenco é de 22,6 anos –, não houve tempo suficiente para aferir os resultados.

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"São atletas talentosos, porém jovens. Não sei se o preço a ser pago a longo prazo vale a pena. No futuro pode ser que o Atlético colha bons frutos, mas momentaneamente passa por esse sofrimento, que faz parte", falou o treinador em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

Criticado pela torcida pelo desempenho de rebaixado nas últimas seis rodadas – foram apenas cinco pontos conquistados de um total de 18 –, o técnico de 42 anos também sofria rejeição dentro da diretoria.

O empate por 0 a 0 com o Bahia, no domingo, foi a gota d’água. Ainda no estádio, foi comunicado pelo vice-presidente de futebol, Márcio Lara, que não continuaria. A explicação foi que o trabalho simplesmente ‘não encaixou’.

Para o campeão paulista com o Ituano, no entanto, uma grande surpresa. "Meu trabalho foi bom. A gente sabe que o Atlético conta com um plantel jovem, disputa um campeonato difícil. E, se formos avaliar, os números não foram tão ruins assim para uma demissão tão precipitada", comentou. Para efeito de comparação, o espanhol Miguel Ángel Portugal permaneceu por 13 partidas no cargo antes de pedir demissão. Seu rendimento foi de 43,5%.

Quanto à falta de reforços, Doriva deixou evidente que trabalhava com o que tinha nas mãos. O clube passou em branco na janela de transferências. A última contratação foi o atacante Cléo, que chegou em abril.

"Se não trouxeram atletas, foi escolha deles [diretoria]", falou. Em outra resposta, falando dos gols perdidos diante do Ba­hia, escan­carou a limitação do grupo. "Com o time que temos não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar chances assim", frisou.

Com o mesmo elenco, mas algumas mudanças no time, o auxiliar Leandro Ávila tentará recolocar o Furacão no caminho das vitórias. O primeiro desafio é manhã, às 19h30, contra o América-RN, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Por enquanto, a diretoria atleticana espera a reação da equipe para decidir se contrata um substituto ou se mantém o interino por mais algumas rodadas.

Os resultados de Ávila antes da parada para a Copa do Mundo, quando ocupou o cargo de Portugal, jogam a favor do gaúcho. Foram duas vitórias e dois empates e, principalmente, o melhor futebol jogado pelo Atlético em 2014.

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