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 | Hugo Harada / Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

A polêmica do teto retrátil da Arena voltou à estaca zero. A Lanik I. S.A., empresa espanhola fornecedora da estrutura, decidiu romper com o Atlético. Assim, uma solução sobre a instalação da "tampa" do Caldeirão deve ocorrer mesmo na Justiça, impossibilitando qualquer previsão de data para o término da montagem.

Enquete: qual deve ser a prioridade do Atlético na gestão da Arena da Baixada?

A frustração com uma reunião marcada para ontem fez a Lanik tomar a atitude. César França, diretor-executivo da empresa, viajou do Canadá para encontrar o presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia. Ao chegar à Baixada, soube que o cartola estava no Rio de Janeiro.

"Ninguém do clube me recebeu. Só falei com o Petraglia por telefone e ele me pediu para marcar outra reunião. Agora nós vamos contratar um advogado também para discutir a situação. A relação com o Atlético só piora", reclama França.

Já há uma ação do Furacão contra a Lanik correndo nos tribunais, que teve liminar favorável ao clube concedida pelo juiz Rogério de Assis. E o Rubro-Negro diz acreditar em um desfecho favorável na esfera judicial.

"Nós estamos aguardando a decisão final do juiz. Não há um prazo para que isso aconteça. Esperamos uma sentença favorável, que a Lanik tenha de arcar com os prejuízos acarretados pelo atraso da obra", diz Luiz Fernando Pereira, advogado do Atlético.

Na liminar expedida em 29 de setembro, Rogério de Assis determina que os espanhóis instalem a cobertura por 94 mil euros. Em um segundo orçamento, a Lanik havia revisado o montante para a montagem, para 418 mil euros, aumento que provocou a ida do clube à Justiça.

Posteriormente, no dia 18 de outubro, as duas partes sentaram para conversar na Baixada e foi acordado que a empresa faria apenas a supervisão da obra pelo valor estabelecido pelo juiz. Os trabalhos começaram no dia 27. Mas o que parecia um desenlace não funcionou na prática.

O Rubro-Negro pretendia terminar o serviço até o dia 5 de dezembro, para realizar o Shooto Brasil no estádio. Entretanto, por causa do atraso da colocação da estrutura, o evento de MMA acabou transferido para Brasília. Seria a primeira atração da Arena costurada pela nova gestora do Joaquim Américo, a G3 United.

"O Atlético mostrou durante todo esse tempo que quer fazer do jeito deles e não tem a menor ideia de como funciona o processo. Precisa de treinamento, acompanhamento. As vigas foram içadas sem seguir os parâmetros de segurança", alega França.

Segundo o diretor da Lanik, a proposta que seria apresentada ontem incluía o aumento no efetivo de funcionários para tentar agilizar a obra e atender uma fase importante do projeto: a parte mecânica, instalação elétrica e automação do teto.

"Informei o conselho da empresa e eles determinaram que em 5 de dezembro, como estabelece o contrato, o nosso pessoal volte para a Espanha. A partir de agora, é curto é grosso", finaliza França.

Dos três engenheiros deslocados da Europa para auxiliar na execução do teto retrátil, um já abandonou o canteiro de obras da Rua Buenos Aires.

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