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Sede da Fanáticos: facção marcará presença na estreia do Furacão em Prudentópolis, sábado | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Sede da Fanáticos: facção marcará presença na estreia do Furacão em Prudentópolis, sábado| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Proibida por seis meses de exibir seu nome e símbolo em faixas, bandeiras e camisas nos estádios, a Torcida Os Fanáticos (TOF) se reorganiza para manter a identidade no primeiro jogo após a selvageria na Arena Joinville, em dezembro – vitória do Atlético sobre o Vasco por 5 a 1.

A facção terá outra cara na estreia do Furacão no Paranaense, neste sábado, contra o Prudentópolis: quem embarcar na excursão terá de usar camisas com lemas da torcida ou a do time; estão vetadas camisas brancas ou de organizações co-irmãs. Condição obrigatória segundo a página do Facebook da TOF.

"A camisa de lema segue a da faixa que temos, pedindo paz e respeito, já que a caveira [símbolo da Fanáticos] não podemos usar. Vamos estar identificados e em todos os jogos onde o Atlético estiver, respeitando a norma que nos foi imposta, mas não vamos deixar de assistir aos jogos", declarou o presidente da organizada, Julião Sobota. Outro lema da Os Fanáticos – e que estampa a página de entrada do site da entidade – é "Atlético até a morte".

Caso não cumpra a de­­ter­­­­minação imposta pelo Ministério Público do Pa­­ra­­ná (MP-PR), a torcida é multada em R$ 20 mil, conforme o Termo de Ajuste de Con­­duta (TAC) assinado pela diretoria da facção em 10 de dezembro.

As estratégias criadas pela TOF, explica o promotor de Justiça da Promotoria do Consumidor de Curitiba, Maximiliano Ribeiro Deli­­be­­rador, não fere o ajuste, apesar de ainda assim manter o grupo identificado dentro das praças esportivas. "Eles não estão impedidos de entrar no estádio e, desde que não levem a bateria ou usem roupas e acessórios da Fanáticos, podem assistir ao jogo. Para membros de torcidas organizadas, o simples fato de não poderem ostentar suas marcas já é uma penalidade grave. O ideal seria impedir a entrada no estádio dos torcedores envolvidos em atos de violência, mas ainda não temos ferramentas legais para isso", destacou.

Em 2010, a organizada Império Alviverde, do Coritiba, usou estratégia parecida: proibida pela diretoria do clube de ingressar com roupas e acessórios da facção, passou a usar camisas com estampas "O Coritiba somos nós" e "1977 [ano de fundação da Império] – você diz que acabou", em resposta à decisão do clube.

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