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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, foi vetado pelos clubes brasileiros que tentam se unir para formar uma nova associação, criar uma liga.

À reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Petraglia confirmou que tentou entrar no grupo, mas não conseguiu permissão. Disse “não saber os critérios escolhidos para a formação da nova associação” e que vai continuar lutando para fazer parte. O dirigente não foi encontrado pela Gazeta do Povo.

Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco se juntaram inicialmente para formar uma liga sul-americana, mas romperam com os times estrangeiros e agora querem dar continuidade em âmbito nacional.

O próprio dirigente atleticano chegou a revelar a tentativa de associação dos clubes sul-americanos, em entrevista à Gazeta do Povo, em fevereiro de 2016.

Além do veto a Petraglia, o Coritiba não foi convidado. Por meio de sua assessoria, o clube limitou-se a dizer que não foi convidado para integrar a nova liga e não procurou ‘se oferecer’ para figurar no grupo insurgente.

A rejeição ao administrador atleticano vêm das negociações que levaram à criação e realização da Primeira Liga. Um dos idealizadores e defensor da competição, Petraglia chegou a ser nomeado co-presidente da associação, no final de 2015, ato que desagradou o mandatário eleito pelos clubes, Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro.

Descontente com o fato, Tavares ameaçou retirar sua equipe do torneio caso a nomeação do paranaense fosse mantida.

O rubro-negro recuou, deixou a cúpula da liga e afirmou que houve um mal-entendido a respeito do episódio. “Não houve eleição, houve uma votação para haver eleição. Como ele [Gilvan] tirou o nome dele, eu também tirei o meu, ficou essa acomodação. Fica o Gilvan como responsável pelo cargo”, declarou.

Outra situação que teria contribuído para a negativa a Petraglia foi a campanha de oposição nas últimas eleições da CBF, em que o Furacão não participou e o presidente do deliberativo afirmou que não poderia endossar a posse de um dirigente, no caso Marco Polo Del Nero, que estava sendo processado.

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Mesmo sem os paranaenses, o grupo já vem atuando, por meio de um grupo de Whatsapp e alguns encontros. Foi feita, inclusive, uma eleição por meio do aplicativo de conversas online. Está marcado para esta quarta-feira (8) uma reunião entre as agremiações na sede do Grêmio, em Porto Alegre.

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“Nesta reunião de quarta vamos definir um estatuto, ver exatamente como a associação vai funcionar. É um momento de muita união desses clubes. Não queremos fazer campeonato, só queremos atuar em lutas que temos em comum. Neste primeiro momento, o foco maior é a parte da Libertadores. Mas há outros assuntos que vamos lutar”, afirmou Lásaro Cunha, diretor jurídico do Atlético-MG, em contato com a reportagem.

Com a presença majoritária de advogados e diretores jurídicos, a ideia é inicialmente focar na Conmebol.

As pautas vão desde melhorar o retorno financeiro na participação de torneios até mudança de regras, passando também pela busca de mais poder político na organização sul-americana.

A união entre os 12 clubes começou com a lei de refinanciamento das dívidas, o Profut, e se intensificou com a tentativa de criação de uma liga sul-americana -que acabou não dando certo.

“É uma espécie de Clube dos 13, mas não exatamente com a mesma atuação, ao menos em princípio”, completou Cunha.

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