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Com gols e assistências, Baier se transformou no “dono” do Atlético |
Com gols e assistências, Baier se transformou no “dono” do Atlético| Foto:

O professor

Adilson Batista. Paranaense de Adrianópolis, o ex-zagueiro revelado pelo Atlético nos anos 80 chegou ao comando do clube em abril em meio a uma saia-justa: substituir o ídolo Geninho, campeão com o clube em 2001, que foi surpreendido com a demissão após vencer o clássico contra o Paraná por 3 a 2. Como treinador, o melhor desempenho de Adilson no Brasileirão foi com o Cruzeiro, em 2008, quando colocou a equipe na terceira colocação, além de, no ano seguinte, ter sido vice da Libertadores

Clube Atlético Paranaense

Melhor colocação: Campeão (2001).

Pior colocação: 19º e rebaixado (1989 e 1993).

Em 2010: 5º colocado com 60 pontos.

Time-base: Renan Rocha; Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Robston (Cléber Santana), Kléberson e Paulo Baier; Guerrón e Adailton.

Técnico: Adilson Batista.

Principais reforços: Cléber Santana (meia, ex-São Paulo); Paulo Roberto (volante, ex-Pão de Açúcar/SP); Wendel (lateral-direito, Palmeiras); Rômulo (lateral-direito, ex-Cruzeiro), Fabrício (zagueiro, Cruzeiro) e Marcelo Oliveira (Lateral-esquerdo, ex-Corinthians).

Destaque: Paulo Baier.

Palpite da Gazeta ✰ ✰ ✰

Fala, colunista!

"Talvez enfrentar grandes times tire o Manoel da depressão em que ele se enfiou após não ser negociado no início do ano. É o mesmo que se espera de Madson, preguiçoso em boa parte do Estadual, ou de Guerrón. De concreto mesmo, apenas a certeza de que, no aperto, Paulo Baier está ali para resolver. É assim desde 2009 e é muito pouco para quem sonha com algo maior."

Leonardo Mendes Jr.

Você sabia?

O Atlético foi a única equipe do Sul do país a conquistar um Brasileirão na última década (2001-2010). Todos os outros nove títulos foram para times da Região Sudeste: seis para São Paulo, dois para o Rio de Janeiro e um para Minas Gerais.

Não é fácil a vida de Paulo Baier. Desde que chegou ao Atlé­­­tico, há dois anos, ele é unanimidade. O soberano do meio de campo. Nenhum outro nome do Furacão consegue passar tanta segurança ao time e à torcida, que sempre espera que dos pés do veterano de 36 anos venha a salvação para os momentos decisivos, principalmente em jogadas de bola parada, a grande especialidade de seu vasto cartel.

Mas Baier está sozinho. Ou, ao menos, se sentiu assim em boa parte da instável campanha rubro-negra em 2011, o que acionou o sinal de alerta na diretoria. Os cartolas chegaram à conclusão que, para levar o time de volta à Libertadores, um dos desejos do presidente Marcos Malucelli neste fim de mandato, o maestro precisa de ajuda. Urgente. "Estamos buscando uma pessoa para ajudá-lo na liderança do grupo, mas esse não é o grande problema do time. O problema é dar foco no que queremos [uma vaga na Libertadores e o título]", disse Alfredo Ibiapina, novo diretor de futebol do clube. O experiente Cléber Santana, ex-São Paulo, parece até o momento ser o mais indicado para a função de auxiliar o líder.

Papel que poderia ser exercido por Lucas, antigo ídolo da torcida que voltou para casa com o objetivo de colocar o Atlético nos trilhos novamente. Mas o atacante fracassou. Acusando o peso da idade, ele se aposentou antes do esperado. O ponto alto de um período repleto de decepções no CT do Caju.

No Estadual, o Furacão foi surpreendido com derrotas para times comprovadamente menos talentosos, como Arapongas, Operário, e até o rebaixado Cascavel, além de dois amargos reveses nos Atletibas. Assim, os rubro-negros viram de longe o arquirrival passear soberano no regional.

É aí que entra Paulo Baier. E a esperança da torcida de dias melhores. Fiel ao seu estilo, o capitão promete não fugir da raia – mesmo que a ajuda tão sonhada demore mais um pouco para chegar.

Baier tranquiliza a torcida. O jogador, que disputou seu primeiro Brasileirão em 1997 com o Criciúma, tem boas lembranças das competições disputadas até hoje. Uma, em especial, serve de reflexão para esse momento de reorganização vivido pelo clube. "Todos os campeonatos são importantes, mas quando cheguei ao Atlético, em 2009, a equipe vivia um momento difícil, conturbado, e a gente conseguiu escapar do rebaixamento. Um time como o Atlético não pode brigar por isso", declara ele, com o respaldo de quem é idolatrado pelos fanáticos atleticanos.

Além da reestruturação coletiva, o camisa 10 tem um objetivo pessoal em jogo: manter o posto de maior goleador da era dos pontos corridos do Brasileiro, iniciada em 2003. Até o momento Baier balançou as redes 87 vezes – a contagem pode recomeçar amanhã, no confronto contra o xará mineiro, fora de casa. "Faz parte dos planos aumentar o número de gols e levar o clube novamente a brigar lá em cima por uma Libertadores ou chegar no próprio título. É difícil? É, mas a gente tem de acreditar sempre", diz, otimista, pegando como exemplo o Nacional do ano passado, quando o Furacão esbarrou em uma posição para voltar a frequentar o torneio continental mais famoso das Américas.

Entrevista

Paulo Baier, meio-campista do Atlético.

Quais adversários vão dar trabalho para o Atlético no Campeonato Brasileiro?

O Cruzeiro, né, que vem muito bem, e o próprio Coritiba. São adversários difíceis.

Você tem jogadores nos quais se espelha ainda?

Sempre tem outros jogadores que passaram como exemplo. O Zico é um deles. Também jogadores com quem eu convivi que, de repente, são malvistos em relação a algumas coisas. Convivi, por exemplo, com o Edmundo, uma pessoa sensacional, um parceiro de concentração. São pessoas que eu gosto e que eu admiro.

Você já comentou que pretende encerrar a carreira no final de 2012, quando acaba o seu contrato com o Atlético. O que você espera dos últimos nacionais como jogador?

Espero o melhor possível: ajudar o clube, me ajudar, manter o mesmo nível e terminar, no caso de encerrar, em alto nível, terminar bem, terminar lá em cima.

O que faltou para o time chegar ao G4 em 2010?

Faltou um início melhor. Nosso início de campeonato foi muito ruim. Os pontos que a gente perdeu em casa – e fora também –, nós tínhamos condições de somá-los. Todo ponto é importante e faltaram três ou quatro para chegarmos a uma Libertadores.

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