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O São Paulo estava pressionado após ser atropelado pelo Santos na Vila Belmiro na última quarta-feira (9). A resposta foi em grande estilo neste domingo (13). Com uma excelente atuação, que mesclou muita vontade, aplicação na marcação e boa presença ofensiva, o time tricolor superou o Grêmio, terceiro colocado, por 2 a 1, na Arena Grêmio, em Porto Alegre, pela 25.ª rodada do Campeonato Brasileiro, e só não voltou ao G4 porque o Flamengo passou pela Chapecoense fora de casa.

Com o resultado positivo, o time do técnico colombiano Juan Carlos Osorio chegou aos 41 pontos, mesma pontuação do Flamengo, mas leva desvantagem no número de vitórias (12 contra 13) e, por isso, está na quinta colocação. O Grêmio segue com 45 pontos, agora mais perto de sair do G4 do que da chance de título - o líder Corinthians tem 54.

Osorio, mais uma vez, optou por promover mudanças na equipe. Foram seis em relação à derrota para o Santos na última quarta-feira, sendo quatro no setor defensivo. Rodrigo Caio, Lucão e Matheus Reis entraram nos lugares de Lyanco, Edson Silva e Reinaldo, respectivamente, enquanto que Breno foi colocado na frente da área, na proteção da defesa.

As alterações surpreenderam o Grêmio. O São Paulo começou melhor o jogo, conseguindo neutralizar peças importantes do adversário. O lado esquerdo foi o setor escolhido para tentar incomodar no ataque. Por lá, Alexandre Pato recebeu na área, limpou o lance e finalizou fraco. O próprio atacante havia levado perigo em uma cobrança de falta um pouco antes.

Após uma surpresa inicial, o Grêmio refez a leitura do jogo. O técnico Roger Machado adiantou as peças para pressionar na saída de bola e passou a dificultar muito o trabalho de armação do São Paulo. A ligação direta virou alternativa constante, o que irritou bastante Osorio.

Quando o Grêmio era o senhor das ações, o São Paulo abriu o placar aos 34 minutos, em um contra-ataque mortal com a participação de quatro jogadores e que começou e terminou com Alexandre Pato. Após Douglas cobrar falta na barreira, o atacante pegou o rebote e tocou para Paulo Henrique Ganso. O meia esticou para Thiago Mendes, que acionou Carlinhos e de lá novamente para Pato na área. O atacante driblou dois adversários e chutou forte, no canto esquerdo de Bruno Grassi. Na comemoração foi abraçar Osorio.

O golpe não foi suficiente para esfriar o ânimo do Grêmio. O ritmo ofensivo continuou intenso. O São Paulo era firme na defesa. Quando os zagueiros vacilaram, Renan Ribeiro surgia para evitar o empate. Foi assim na melhor chance gaúcha no primeiro tempo, aos 35 minutos, quando o goleiro saiu nos pés de Fernandinho. Giuliano teve outra chance aos 47, mas Breno travou o arremate.

O roteiro do segundo tempo foi claro desde o início. O Grêmio buscava encurralar o São Paulo atrás do empate. A equipe de Osorio jogava por uma bola para matar o jogo, sem abdicar do ataque em nenhum momento. Não à toa, o treinador trocou peças defensivas por ofensivas. A postura das equipes transformou o resultado em algo imprevisível.

O Grêmio até criava, mas falta qualidade. O São Paulo era acometido pelo mesmo problema. Wesley, por exemplo, teve uma chance incrível de marcar o segundo aos 31 minutos. O volante recebeu de Michel Bastos e, sozinho dentro da área, chutou por cima do gol. Um minuto depois, Alexandre Pato encontrou Paulo Henrique Ganso como um autêntico centroavante, mas ele perdeu o ritmo da corrida e não conseguiu finalizar.

Depois de ameaçar, o São Paulo chegou ao segundo gol aos 45 minutos. Rogério puxou contra-ataque, não quis tocar para Alexandre Pato, se enrolou, mas se livrou da marcação e chutou no canto. Jogo decidido? Não. O Grêmio, enfim, acertou o pé, diminuiu três minutos depois com Everton e assustou nos minutos finais, sem conseguir chegar ao empate.

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