As novas arenas trouxeram impacto para as arquibancadas do Brasileirão 2013. Os modernos estádios contabilizam sozinhos o dobro da média de torcedores do torneio. Mané Garrincha, Maracanã, Mineirão, Arena Grêmio, Fonte Nova, Arena Pernambuco e Independência abrigaram em média 26.052 pessoas em 28 jogos nessas 11 rodadas, contra 13.263 do registro geral de toda a competição.
Quem encabeça a lista é exatamente o palco mais caro, onde não há um time sequer na elite nacional nem na Segundona e que acabou adotado por "forasteiros". Usados pelo Santos e por clubes cariocas, o bilionário Mané Garricha registrou 211.926 pessoas em quatro duelos 52.981 pagantes por confronto , com o direito à mais robusta renda do Nacional até agora.
A despedida de Neymar do Peixe, em Brasília, cujo ingresso mais barato custava R$ 160, rendeu R$ 6,9 milhões de bilheteria a Santos e Flamengo, na primeira rodada. O próprio Rubro-Negro carioca mandou dois jogos na capital federal, assim como o Vasco, que recebeu o Botafogo.
Este e outros clássicos concentrados nas primeiras rodadas da competição e o preço mais altos dos ingressos nos estádios recém-inaugurados contribuíram para alavancar também a arrecadação neste ano. Em 2012, a média arrecadada a esta altura do campeonato era de cerca de R$ 287 mil. Agora já passou de meio milhão.
O valor dos tíquetes, contudo, provoca a ilusão de esvaziamento a quem vê os jogos na tevê. A ocupação é proporcional ao preço e os torcedores se concentram atrás dos gols, onde o custo é menor, enquanto a valorizada reta na lateral do campo é menos procurada.
O segundo estádio a turbinar o número de fãs no campeonato é o Maracanã. Foram 114.452 torcedores em quatro duelos. Na reabertura do Mário Filho para os times do Rio, após receber a Copa das Confederações, todos os 52.361 ingressos foram vendidos para Flamengo e Botafogo.
Entre os redutos mais concorridos estão o remodelado Mineirão, onde o Cruzeiro venceu suas três partidas diante de 75.937 pessoas no total. O Grêmio também não perdeu na sua Arena, onde a média de torcedores é de 25.164.
Considerando apenas as novas praças esportivas, o "Brasileirão das Arenas" se aproximaria do Campeonato Italiano, por exemplo, que teve cerca de 23.500 torcedores por jogo (na temporada 2011-2012), e do Mexicano, com seus fanáticos fãs responsáveis pela ocupação média de 25.434 (no mesmo período).
O Castelão completa o grupo dos estádios inaugurados para a Copa das Confederações, mas não foi usado por enquanto na Série A, pois não há representantes cearenses no torneio.
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