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Quando Alex disputava sua primeira final de Paranaense, em 1995, Marcos Guilherme (foto abaixo) nascia em Itararé, interior paulista | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Quando Alex disputava sua primeira final de Paranaense, em 1995, Marcos Guilherme (foto abaixo) nascia em Itararé, interior paulista| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A Curitiba daquela época

• A anta

A bicharada estava solta em Curitiba. Uma campanha educativa da prefeitura municipal veiculada nos meio de comunicação classificava os vários "tipos" de infratores de trânsito como animais. Os escolhidos foram antas, peruas e ratos. Ganhou o gosto da criançada e diminuiu os problemas. Nova Arena

O Atlético iniciou a demolição do Estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada, para subir a nova arena que seria inaugurada dois anos mais tarde. O último gol marcado na antiga casa rubro-negra foi de Marcelinho, pelo Campeonato Paranaense, contra o Matsubara.

• Prefeitura

Cassio Taniguchi, sucessor de Rafael Greca, assume a prefeitura de Curitiba. Ele contou com o apoio de Jaime Lerner e venceu no primeiro turno com 54,7% dos votos válidos na primeira eleição com urna eletrônica em Curitiba.

• Shoppings

Os shoppings começavam a dominar a capital paranaen­se. Depois do Curitiba e do Crys­tal, o Estação Plaza Show foi inaugurado em 1997 – hoje Shopping Estação. Só o começo de outros tantos.

Quando Marcos Guilherme, a principal promessa do Atlético, nascia em Itararé-SP, o meia Alex se preparava para o segundo jogo da final do Paranaense contra o Paraná, que ocorreria no dia seguinte. A data: 5 de agosto de 1995. Essa distância no espaço-tempo acaba hoje, depois de quase 17 anos, quando ambos se cruzarão no gramado do Couto Pereira a partir das 16 horas, no 13.º Atletiba do experiente coxa-branca e no que pode ser o primeiro da joia do CT do Caju como profissional – deve começar na reserva.

O atleta alviverde estreou como profissional em 2 de abril de 1995. Em Atletibas, duas semanas depois. Época em que a gestação do hoje meia atleticano estava chegando ao fim. Esse é o tama­nho da distância que vai a campo nesta tarde, como sím­­bolos dos extremos que vivem Atlético e Coritiba. Enquanto Alex é o mais velho do rodado elenco coxa-branca (35 anos), Marcos Guilherme é o mais jovem do sub-23 do Furacão (17 anos).

Quem acompanha o futebol de Marcos Guilherme é unânime em apontá-lo co­­mo a principal revelação do Rubro-Negro nos últimos anos. Mais do que isso. O próprio presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia, chegou a dizer que "ele vai ser o maior talento da história do clube".

Talento que começou a chamar a atenção na AABB de Itararé, em 2006, com 11 anos de idade – Alex iniciou na AABB também, mas na capital paranaense. "Tínhamos alguns meni­nos bons, mas inteligente co­­mo ele, não. Ele já era diferente. Naquela idade, cansou de resolver jogos. Para quem olhava aquele baixinho, cheinho, não acreditava no potencial dele. Mas, quando estava com a bola no pé, o talento aparecia", lembra o primeiro treinador de Marcos Guilherme, Murilo Pontes Meneguela.

Depois da AABB, Marcos Guilherme foi para o Trieste, em 2009, para em seguida desembarcar na Baixada. O meio-campista colecionou oito títulos, entre eles, Paranaenses sub-17 e sub-18, Copa Brasil sub-17, Yokohama Cup sub-19, na Alemanha, e Torneio de Oostduinkerke sub-18, na Bélgica.

Enquanto isso, Alex fa­­zia carreira longe de Curi­­tiba, colecionando troféus por Palmeiras, Cruzeiro, Fe­­nerbahçe e seleção brasileira. Tarimba que o torna capaz de mensurar a dimensão que tem um clássico. Para isso, lança mão da própria experiência em Atletibas.

A lembrança é da estreia, em 1995, quando o Coritiba bateu o rival por 5 a 1. Resultado que iniciou uma revolução no adversário. "Era o [Hussein] Zraik o presidente [do Atlético] naquele momento. O Petraglia assumiu em seguida e aquilo que ele disse que faria, conseguiu. Naquele período, entre 90 e 95, eram clubes com muitas dificuldades e o Atlético, à sua maneira, se refez e o Coritiba também. Hoje os dois têm boas condições de disputar a Primeira Divisão", comentou o reestreante. Nos outros 12 que disputou na sua primeira passagem pelo Coxa, acumulou cinco vitórias, quatro derrotas e três empates, além de ter marcado dois gols.

MemóriaZambiasi rouba a cena no primeiro Atletiba de menino Alex

Vinte e cinco de maio de 1997. Essa é a data do último Atletiba disputado por Alex – formou dupla de ataque com o baixinho – e muito veloz – Basílio na ocasião, no Couto Pereira. Era o octogonal final do Campeonato Paranaense e o destaque da partida foi um tanto quanto inusitado: o zagueiro Zambiasi. Para o bem ou para o mal.

O Atlético abriu o placar com Paulo Miranda, aos 35 minutos do primeiro tempo. Ele, Zambiasi, empatou no primeiro minuto da etapa final. O Furacão passou na frente de novo, com o atacante Paulo Rink, aos 28. Mas lá foi o herói alviverde aprontar das suas: empatou novamente – rolava 31 minutos. E olha que Zambiasi estava com dois dedos da mão direita quebrados e precisou convencer o técnico Dirceu Krüger para poder entrar em campo.

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