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Após o Atletiba de quarta-feira, torcedores de Atlético e Coritiba entraram em confronto na Praça Eufrásio Correia | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Após o Atletiba de quarta-feira, torcedores de Atlético e Coritiba entraram em confronto na Praça Eufrásio Correia| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

O Atletiba da Quarta-Feira de Cinzas (22) não foi suficiente para a Polícia Militar (PM) definir um diagnóstico preciso sobre a presença de torcida única em jogos de grande rivalidade. O baixo público da partida na Vila Capanema (6.221 torcedores) acabou esvaziando o jogo.

O comandante do 1º Comando Regional da PM, coronel Ademar Cunha Sobrinho, defende que haja mais jogos com apenas uma torcida para se fazer uma melhor análise.

"Não temos elementos ainda para dizer se é melhor ou não [ter torcida única]. Com o passar dos jogos, depois de termos mais experiências, podemos ter um resultado, mas só com 6 mil torcedores no jogo não tem como", afirmou o coronel, que fez um sugestão ao Ministério Público (MP). "Peço a compreensão, para que se tenha mais jogos de torcida única, com mais gente, para nós podermos ver melhor como se desenvolve" ratificou.

Mesmo com toda a preocupação do MP e da PM para evitar confrontos entre as torcidas no Atletiba de torcida única, o saldo foi novamente de confusão. Nos casos mais graves, um homem foi esfaqueado dentro no ônibus da linha Santa Cândida-Capão Raso por um rapaz com a camisa do Atlético e um menino de 14 anos se feriu após ser atingido por estilhaços de vidro de um tiro em outro ônibus em Pinhais, na região metropolitana. No Centro de Curitiba, torcedores apedrejaram um ônibus e a estação-tubo da Praça Eufrásio Correia, em frente ao Shopping Estação - cinco memores foram apreendidos. Outras três ocorrências de menor gravidade foram registradas pela PM.

Mesmo com a confirmação dos tumultos, o promotor Ciro Expedito Scheraiber, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor, afirmou que irá aguardar o relatório da PM para uma avaliação da torcida única - cogita-se que o mesmo procedimento seja tomado no Atletiba do segundo turno, no Couto Pereira.

"Vamos ter a avaliação deles [da PM], mas também de outros órgãos de segurança para termos uma posição definitiva de como ocorreu. O que sei é de informação. Se teve confusões, tumultos, isso vamos saber ao certo quando a polícia se pronunciar", afirmou o promotor.

Desde o início da polêmica sobre a presença das torcidas no clássico,na semana passada, o MP se posicionou contrário à sugestão da diretoria do Atlético de não vender ingressos para os torcedores do Coritiba. Em nota oficial na terça-feira, assinada pela promotora Stella Maria Flores Burda, o MP chegou a declarar que a presença de uma só torcida "rasgava o Estatuto do Torcedor".

Porém, após um pedido da PM, que alegou não ter condições de garantir a segurança dos torcedores de Atlético e Coritiba por ter boa parte do efetivo trabalhando no carnaval no litoral, o MP, em regime de exceção, concordou com a realização do jogo somente com atleticanos.

"Solicitamos a remessa de todos os documentos para vermos especificamente em que termos o jogo ocorreu, até para apreciar isonomia, com calma. Não é o MP que decide, queremos assegurar a tranquilidade do torcedor. O nosso entendimento é de todos os torcedores possam comparecer ao estádio", explicou Scheraiber.

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